A Ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, integra o elenco de vozes femininas que dão corpo à obra “Angola 50 Anos, 50 Instantes, 50 Mulheres”, lançada a 19 de Dezembro, um livro que se afirma como registo histórico, exercício de memória e tributo ao papel das mulheres na construção da nação angolana ao longo de cinco décadas de Independência.
POC NOTÍCIAS | EMANUEL DOMINGOS | geral@pocnoticias.ao | geral@pocnoticias.ao| Foto: DR
Coordenada pela advogada e professora Ana Paula Godinho, a publicação reúne testemunhos de 50 mulheres que marcaram e continuam a marcar a história de Angola nos mais diversos sectores da vida nacional, da política à economia, da educação à cultura, da justiça à intervenção social. O livro propõe um olhar plural e profundamente humano sobre o percurso do país, valorizando experiências individuais como parte integrante da narrativa colectiva.
No seu contributo, Vera Daves de Sousa convida o leitor a uma reflexão íntima e, ao mesmo tempo, universal sobre herança, compromisso e identidade. A governante sublinha a Independência Nacional e a Paz como pilares estruturantes da memória colectiva e da edificação do Estado angolano, assumindo-os não apenas como datas históricas, mas como vivências emocionais que atravessam gerações.
“Há duas conquistas maiores que unem, emocionam e moldam a nossa história colectiva: a Independência Nacional e o alcance da Paz. São marcos fundacionais da nossa identidade enquanto povo”, escreve a Ministra, acrescentando que cada angolano transporta essas datas no coração, ligadas a memórias pessoais, perdas, receios, vitórias e actos de fé. Um testemunho que aproxima a figura institucional da cidadã, revelando como a história do país se inscreve também nas trajectórias individuais.
Mais do que uma colectânea de relatos, Angola: 50 Anos, 50 Instantes, 50 Mulheres assume-se como um acto de reconhecimento e valorização do contributo feminino para o desenvolvimento, a afirmação e a consolidação da nação. Ao dar protagonismo às mulheres, a obra desafia leituras tradicionais da história e propõe uma narrativa mais inclusiva, onde liderança, resiliência e visão de futuro surgem como marcas indeléveis da presença feminina na vida nacional.
Num momento simbólico de celebração dos 50 anos de Independência, o livro surge como espaço de memória, reflexão e inspiração, oferecendo à sociedade angolana – e às gerações vindouras – um património de vozes que ajudam a compreender o passado, a interpretar o presente e a projectar o futuro.
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