POC NOTÍCIAS | Ana Atalmira | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
O Governador do BNA, Manuel Tiago Dias, afirmou hoje, 24 de Abril, que o Banco Central em consequência dos esforços empreendidos, através da implementação de medidas mitigatórias nos seus sistemas de informação, diminuiu a exposição à tentativa de ataques, estando a registar actualmente uma média diária de 250, contrariamente às 350 tentativas de ataques que se verificavam em igual período do ano transacto.
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Com intuito de abordar os desafios e perspectivas da cibersegurança no Sistema Financeiro Angolano, o Banco Nacional de Angola realizou nesta quarta-feira, dia 24 de Abril, a 2.ª Edição do Ciclo Anual de Conferências, no Auditório Saydi Mingas, Museu da Moeda.
Ao proferir o discurso de abertura, o Governador Manuel Tiago Dias afirmou que no mundo actual, o uso das tecnologias de informação e comunicação, com recurso à internet, tornou-se indispensável para o alcance dos objectivos de negócio das organizações, o que obriga a concepção de mecanismos que permitam a utilização destas tecnologias, de forma segura, eficiente e produtiva.
O Governador referiu, igualmente, que o Banco Central em consequência dos esforços empreendidos, através da implementação de medidas mitigatórias nos seus sistemas de informação, tem registado redução a exposição à tentativa de ataques, estando a registar actualmente uma média diária de 250, contrariamente às 350 tentativas de ataques que se verificavam em igual período do ano transacto, correspondendo a uma diminuição de 28,5% do volume de tentativas sofridas, o que eleva a necessidade de melhorias constantes aos sistemas de cibersegurança das instituições do sistema financeiro nacional.
“Os mecanismos relacionados à cibersegurança tornam-se indispensáveis para as organizações, visando prevenir a invasão das suas infra-estruturas, incluindo o roubo e comprometimento de dados, evitando prejuízos financeiros, reputacionais, operacionais e estratégicos, que podem afectar negativamente o negócio ou o cumprimento da missão organizacional”
Durante a conferência, foi partilhada a visão do Banco de Portugal e dos bancos comerciais angolanos sobre a implementação de políticas, processos e procedimentos de cibersegurança, com destaque para a maturidade cibernética das instituições financeiras, nos termos da regulamentação vigente, bem como as acções para melhorar a resiliência cibernética no sector bancário.
O evento contou com a participação de membros do Conselho de Administração e do Corpo Directivo do BNA, representantes da Unidade de Informação Financeira, do Conselho de Supervisores do Sistema Financeiro, do Banco de Portugal, de empresas privadas, altos funcionários dos Bancos Comerciais e Académicos.