POC NOTÍCIAS | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
Sílvia Lutucuta defendeu esta terça-feira a continuidade do financiamento do Banco Mundial para o reforço dos sistemas de saúde dos Estados da África Central, o qual incluiu 60 milhões de dólares para Angola.
____________________
No seu discurso em Luanda, na abertura dos trabalhos dos subcomités técnicos regionais da IV Fase do Projeto de Reforço do Sistema de Vigilância das Doenças na África Central IV fase (REDISSE IV), que conta com financiamento do Banco Mundial (BM), a governante referiu que existem motivos suficientes para a continuidade dessa estratégia de financiamento e colaboração.
A titular da pasta da Saúde destacou que o financiamento do projecto é “uma iniciativa louvável” do Banco Mundial, apontando “os progressos significativos” alcançados no reforço dos sistemas de saúde, em particular na cooperação e vigilância transfronteiriça, na capacidade laboratorial para o diagnóstico, na capacitação dos quadros, na reorganização dos serviços de saúde animal e em iniciativas ao nível da saúde ambiental.
“A sub-região tem a segunda maior floresta do mundo, depois da Amazónia, exigindo maior atenção, pois as florestas são reservatórios importantes de doenças infecciosas emergentes e reemergentes”, disse a ministra, que aludiu que esta realidade torna preponderante unir esforços para combater os desafios que possam comprometer uma resposta eficaz aos eventos de saúde cada vez mais associados a doenças zoonóticas emergentes, além da necessidade de coordenação entre as autoridades de saúde pública, animal e ambiental dos países da sub-região.
Sílvia Lutucuta adiantou que cinco dos 12 Estados-membros da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) — Angola, República Centro Africana, República Democrática do Congo, Congo e Chade — beneficiam do financiamento do Banco Mundial (BM), no âmbito do Projeto REDISSE IV, que visa apoiar o fortalecimento dos sistemas de vigilância de doenças.
Na ocasião, o representante do BM para Angola, Juan Carlos Arvarez, destacou que na avaliação intermédia do projecto, feita há um ano, em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, se concluiu que as acções prioritárias definidas para os países participantes têm sido implementadas a bom ritmo.
Segundo Juan Carlos Alvarez, alguns dos participantes vão terminar os projectos em Julho deste ano e outros viram o prazo ser prolongado até Maio de 2025, como aconteceu com Angola, permitindo que consigam concluir todas as actividades planeadas.