O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, considerou a visita do Presidente João Lourenço ao Brasil como bem-sucedida em todos os seus aspectos, sublinhando os ganhos concretos alcançados para o sector petrolífero angolano.
POC NOTÍCIAS | ANA ATALMIRA | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
Em declarações prestadas à imprensa no sábado, em Brasília, o ministro destacou que um dos principais resultados da visita foi o retorno oficial da Petrobras a Angola, após um longo processo de negociações. Segundo o governante, foram assinados dois instrumentos de cooperação, um acordo entre a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis de Angola e a Petrobras, e um memorando de entendimento entre a Sonangol e a petrolífera brasileira.
“Depois de termos estado a trabalhar no asseguramento de que a Petrobras voltasse para Angola, finalmente conseguimos assinar dois acordos importantes”, afirmou Diamantino Azevedo.
A concretização destes entendimentos permitirá à Petrobras retomar as suas operações no território angolano, com o início de estudos técnicos em alguns blocos, que poderão culminar em investimentos no sector.
Parcerias estratégicas para a transição energética
O regresso da Petrobras a Angola não se limita à exploração e produção de petróleo. Diamantino Azevedo frisou que a cooperação também envolve áreas estratégicas da transição energética, com destaque para biocombustíveis, biodiesel e combustíveis sustentáveis para aviação. Está igualmente previsto um reforço da formação técnica e científica, através da colaboração entre a Sonangol e a Petrobras no âmbito do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento.
O ministro salientou ainda que a petrolífera brasileira é actualmente uma das empresas líderes mundiais em tecnologia de exploração em águas profundas e ultraprofundas, um domínio considerado essencial para os interesses do sector petrolífero angolano.
Com este reforço das relações bilaterais no domínio energético, Angola abre caminho para novos investimentos, transferência de tecnologia e desenvolvimento de competências locais, consolidando a cooperação com o Brasil como uma prioridade estratégica do executivo angolano.