A multinacional petrolífera britânica Shell retorna a Angola com a assinatura, nesta quinta-feira, de um memorando de entendimento com a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG). O acordo, formalizado em Luanda, marca um novo capítulo na exploração das potencialidades do sector petrolífero nacional, com foco na sustentabilidade e no desenvolvimento conjunto.
POC NOTÍCIAS | ANA ATALMIRA | geral@pocnoticias.ao
O memorando de entendimento visa a realização de um estudo conjunto para avaliar as oportunidades de exploração petrolífera em Angola. Segundo a ANPG, o acordo é um reflexo da confiança mútua e da vontade de ambos os lados em promover o crescimento do sector, com um compromisso claro de explorar as riquezas do país de maneira sustentável e responsável.
Durante a cerimónia de assinatura, o ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, destacou os desafios enfrentados pelo sector, especialmente no contexto da transição energética global, das instabilidades geopolíticas e das flutuações no preço do petróleo nos mercados internacionais.
O Governante enfatizou que, apesar desses desafios, o Governo angolano continua empenhado em criar um ambiente favorável à atracção de investimentos privados. “Estamos a trabalhar para garantir as melhores condições políticas, sociais, legais e económicas para o desenvolvimento de projectos de exploração e produção de petróleo e gás, com um marco contratual e fiscal que beneficie tanto a Angola quanto os investidores”, afirmou.
Azevedo também sublinhou que a assinatura deste memorando é fruto dos esforços do governo para relançar as actividades de exploração petrolífera no país, por meio da implementação da estratégia de concessões 2019-2025 e da estratégia de exploração de hidrocarbonetos 2020-2025. Essas iniciativas visam expandir o conhecimento geológico e avaliar o potencial petrolífero de Angola, abrindo portas para novos investimentos e tecnologias no sector.
A Shell, uma das maiores empresas petrolíferas do mundo, com presença em mais de 70 países, é conhecida por suas actividades que incluem refinação de petróleo, extracção de gás natural, produção de produtos petroquímicos, geração de energia renovável, além de comércio e distribuição.
O retorno da empresa a Angola, agora com um novo enfoque em projectos conjuntos e sustentáveis, reforça o compromisso mútuo em impulsionar a economia nacional através da exploração responsável e inovadora dos seus recursos naturais.