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A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a TotalEnergies e os parceiros do Grupo empreiteiro do Bloco 20/11 (Sonangol e Petronas) assinaram hoje o acordo relativo à Decisão Final de Investimento (FID) dos Campos Cameia e Golfinho, localizados a 100 quilómetros da costa de Luanda. O desenvolvimento destes dois Campos insere-se no projecto Kaminho, orçado em 6 mil milhões de dólares.
A Decisão Final de Investimento dos Campos Cameia e Golfinho vai impulsionar o projecto Kaminho, que envolve a conversão de um petroleiro da classe VLCC (Very Large Crude Carrier) em Unidade de Produção, Armazenamento e Descarga (FPSO), conectado a uma rede de produção submarina. O projecto prevê mais de 10 milhões de horas de trabalho em Angola, principalmente nas operações offshore e nas actividades de construção em estaleiros locais.
Foram signatários do acordo o Presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo; e o Director Geral da TotalEnergies Angola, Martin Deffontaines; na presença do Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, e de distintas entidades do Ministérios das Finanças, do Ambiente, e do Governo da Província de Luanda. A TotalEnergies esteve presente no evento com uma delegação chefiada pelo Presidente e Director Geral, Patrick Pouyanné.
Durante a sua intervenção, o Ministro Diamantino Azevedo destacou a importância da parceria entre a TotalEnergies, a Sonangol e a Petronas para a concretização do Kaminho. “A concretização desta parceria é para nós de extrema importância, assim como o seu contributo para que a Sonangol possa aumentar a sua quota enquanto operador em Angola. Assume igualmente relevância o facto de os contratos assinados contemplarem a inclusão de empresas nacionais e de contribuírem para o desenvolvimento do tão necessário conteúdo local. Recordo que são mais de 10 milhões de horas de trabalho em Angola, a realizar em grande parte por estas empresas”.
Para Paulino Jerónimo, Presidente do Conselho de Administração da ANPG, “o primeiro desenvolvimento na Zona marítima da bacia do Kwanza é importante para mostrar a abertura de novas fronteiras petrolíferas em Angola, e faz parte da estratégia que estamos a implementar para manter Angola no topo da lista dos produtores petrolíferos africanos e para gerarmos receitas significativas para a nossa economia”
Patrick Pouyanné, Presidente da TotalEnergies, enalteceu o ambiente de negócios estável em Angola. “Assente no nosso espírito pioneiro e na nossa parceria de longo prazo com Angola, é com muito orgulho que lançamos o projecto Kaminho juntamente com os nossos parceiros estratégicos Sonangol e Petronas, com um sólido suporte e confiança das autoridades angolanas. Este projecto inclui tecnologia alinhada com o nosso portfolio de baixo-custo e as desejáveis baixas emissões, sendo o nosso sétimo FPSO no país e o primeiro desenvolvimento na Bacia do Kwanza”.
Segundo o Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Gaspar Martins, “a Decisão Final de Investimento do Projecto Kaminho materializa o compromisso e os esforços desenvolvidos pelo Governo de Angola, através do Ministério e da Concessionária Nacional, TotalEnergies, Sonangol e Petronas na qualidade de parceiros, que permitiu que num ambiente de transição energética, estejamos em condições de contribuir para o aumento dos níveis de produção nacional de petróleo bruto e gás natural e, deste modo, aumentar as receitas para o nosso pais”.
O Presidente e CEO do Grupo PETRONAS, Tan Sri Tengku Muhammad Taufik, disse: “Este marco está alinhado com os esforços contínuos da PETRONAS para fortalecer o nosso portfólio internacional através da participação em regiões potenciais em África com parceiros de confiança. Fechar o FID para este desenvolvimento na bacia do Kwanza demonstra ainda mais o nosso compromisso em fornecer a tão necessária energia fiável aos nossos clientes e valor sustentável a longo prazo para as nossas partes interessadas.”
Desenhado para minimizar as emissões de gases de efeito de estufa e eliminar por completo a queima de gás em rotina, este FPSO é completamente eléctrico e terá o gás associado a ser totalmente reinjectado nos reservatórios. O início da produção está previsto para 2028, com um plateau de produção de 70,000 barris de petróleo/dia.
Colaboração com a Sonangol EP na descarbonização da indústria de petróleo e gás
Num outro momento da cerimónia, a ANPG testemunhou a assinatura do Memorando de Entendimento para a partilha de experiências em Pesquisa & Desenvolvimento, entre a TotalEnergies e a Sonangol EP, no quadro da descarbonização da indústria de petróleo e gás, com foco acentuado na redução das emissões de metano e no aumento da produção de energias renováveis.
As equipas de Pesquisa & Desenvolvimento da TotalEnergies e da Sonangol EP trabalham em conjunto na implementação e operação de laboratórios, assim como no desenvolvimento de competências em geologia de reservatórios e nos processos de electrificação, compreendendo os fotovoltáicos e a energia hidroeléctrica.
“Estamos optimistas com a junção dos nossos esforços com os da Sonangol na Pesquisa & Desenvolvimento para atingirmos avanços importantes ao nível da inovação e tecnologia para toda a indústria energética em Angola, particularmente para descarbonizar, cortar as emissões de metano e apoiar a diversificação da matriz energética de Angola”, referiu a propósito o Presidente e Director-geral da TotalEnergies, Patrick Pouyanné.