POC NOTÍCIAS | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
Os prazeres e as dores da chegada de um bebé em meio a mudanças extremamente significativas no papel dos pais e das mães dão o tom à série “Pais de Primeira“.
_____________________
Comédia é escrita por Antonio Prata, com colaboração de Chico Mattoso, Thiago Dottori, Bruna Paixão e Tati Bernardi, e tem direção artística de Luiz Henrique Rios. “Hoje, espera-se que o homem divida a criação do filho. Nunca passou pela cabeça do meu avô, por exemplo, que ele tivesse qualquer coisa a ver com a educação dos filhos. Era um problema feminino. No caso do meu pai, esperava-se que ele ajudasse, mas não que dividisse as tarefas com minha mãe. Na minha geração, espera-se que de facto seja algo dividido igualmente e essa adaptação do casal, que não está habituado a esse cenário, é a graça da história”, comenta o autor, Antonio Prata.
Taís (Renata Gaspar) é administradora e trabalha numa incubadora de start-ups, onde busca investimentos para ideias tecnológicas criativas. Workaholic, descobre que está grávida durante uma reunião com potenciais clientes, ao mesmo tempo em que Pedro (George Sauma) pede demissão da produtora onde cria jingles para uma marca de ração para gatos. Ele planeja viver um sonho da juventude: montar uma banda com o seu melhor amigo, Driguêra (Alejandro Claveaux). A descoberta da gravidez dentro desse cenário é só o começo de uma jornada diferente de tudo que o casal já viveu. Um divisor de águas onde não há regras, não há manuais, nem PhDs para ajudar nos momentos mais complicados. “Com humor, fazemos uma reflexão sobre as dificuldades que surgem quando um bebé chega a uma família. Ninguém aprende a criar um filho antes de ser pai e mãe. Não adianta ler, não adianta ver, é a relação com o bebé que gera os pais”, explica Luiz Henrique Rios.
Pedro e Taís precisam repensar as prioridades e descobrir juntos quais os melhores caminhos para encarar essa jornada. Se por um lado, espera-se dos pais que eles dividam igualmente todas as tarefas nos cuidados, na educação e na criação dos filhos, sem mais essa de que “o pai só ajuda”; por outro, espera-se das mães que sejam perfeitas, sem deixar de brilhar também no trabalho e que não abandonem sua vida social. Para Antonio Prata, esses dilemas, tão intensos na vida dos novos pais, conduzem o clima da série. “Entendo que o humor é rir da tragédia. Você tem que ter esse conflito, o desespero. É diante do desespero que você leva para a comédia ou para o drama”, diz o autor.