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Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) vai distribuir, entre o final deste ano e Julho de 2023, alimentos terapêuticos para salvar mais de 12.600 crianças menores de 5 anos afectadas pela desnutrição em Angola.
De acordo com um comunicado da agência das Nações Unidas, esta acção decorre no âmbito da ajuda da União Europeia (UE), que disponibilizou até à data um total de três milhões de euros, “como parte do seu compromisso com o combate aos efeitos da seca no sul do país”.
A primeira parte do valor disponibilizado pela UE efetuou-se em Julho de 2021, e a segunda, equivalente a dois milhões de euros, em Abril deste ano.
O comunicado refere ainda que “a Unicef trabalha com as autoridades das províncias de Benguela, Cuando Cubango, Cunene, Huíla, Luanda e Namibe, para fornecer serviços nutricionais essenciais de qualidade para mais de 20.000 crianças menores de 5 anos de idade, afectadas pela desnutrição aguda severa”.
Com os fundos disponibilizados vão ser adquiridas e distribuídas cerca de 12.600 caixas de alimento terapêutico e realizada a formação de profissionais de saúde para o aumento de conhecimento sobre o protocolo nacional de gestão integrada da desnutrição aguda nessas províncias.
“Com esta formação pretende-se que 200 profissionais de saúde reforcem as suas capacidades de gestão dos casos de desnutrição e que as equipas indicadas para actividades de nutrição dominem totalmente as práticas para o cuidado adequado de crianças”, sublinha o comunicado.
A nota realça que os recursos resultantes do apoio da UE vão também servir para reforçar as actividades nas comunidades, por meio da formação de 3.800 mães e cuidadores de crianças, que receberão instruções sobre como medir a circunferência do braço das crianças, como uma técnica que pode ajudar a diagnosticar atempadamente os casos de desnutrição.
“Com a medição da circunferência do braço da criança, para além de permitir o conhecimento atempado do estado nutricional das crianças, permite que sejam tomadas ações imediatas em caso de desnutrição. O diagnóstico imediato de desnutrição ajuda a garantir que as crianças recebam tratamento adequado antes que a situação se agrave”, lê-se na nota.