Angolanos estão a ficar cada vez mais pobres. Só no segundo trimestre, total da riqueza nacional bruta encolheu perto dos 3%, período em que a produção de diamantes foi fortemente penalizada.
POC Notícias: Elmar Magno
Foto: D.R
A riqueza nacional contraiu, no segundo trimestre, quase 3%, precisamente 2,4%, face ao trimestre anterior, penalizada, entre outros factores, por uma forte quebra na produção de diamantes, seca e por uma praga de gafanhotos que arrasou os campos de cultivos, indicam os números das Contas Nacionais de Estatísticas a que o POC-Notícias teve acesso.
Individualmente, o sector dos diamantes foi o mais penalizado no grupo de todos os sectores de actividade económica do País. Sozinho, sofreu uma quebra de 37% no PIB, seguido do Comércio, com uma redução de quase 5%.
Aos factores da quebra da riqueza angolana, somam-se ainda a exploração de o sector agropecuário que também registou uma baixa de 0,4% de Abril a Junho, este último justificado pelo fenómeno de estiagem e praga de gafanhotos na região central e sul do país.
Segundo INE, a comparação do segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, a economia cresceu 1,2%, justificada pelas variações positivas dos sectores da Pesca (104,2%), Electricidade (3,2%), Construção (11,1%), Telecomunicações (8,6%) e Transportes (11,1%).
“Aos factores da quebra da riqueza angolana, somam-se ainda a exploração de o sector agropecuário que também registou uma baixa de 0,4% de Abril a Junho, este último justificado pelo fenómeno de estiagem e praga de gafanhotos na região central e sul do país.”
As quedas no PIB, acrónimo de Produto Interno Bruto, revelam que há cada vez menos riqueza nacional. Ou seja, as famílias e empresas continuam a empobrecer, num ano em que as consequências da Covid-19 e da crise económica que se arrastam desde 2015 continuam a impactar negativamente nas empresas e famílias.