Ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, garantiu ontem (11) de Fevereiro que Portugal continua a ser um parceiro relevante, apesar da diminuição das trocas comerciais entre os dois países.
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POC NOTÍCIAS: Ana Atalmira | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
Ao intervir no evento de lançamento do “CaféCIPRA”, uma iniciativa que permite um diálogo directo e aberto entre governantes angolanos e convidados, o ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, destacou que Portugal continua a ser um ‘player’ relevante na troca comercial com Angola, mas que houve uma diminuição.
Segundo o ministro, por força da alteração dos últimos anos, nomeadamente a pandemia de covid-19 e o aumento da produção nacional, muitos dos produtos que serviram o sentido de importação via Portugal diminuíram a sua cadência exportadora.
“Nós de maneira nenhuma deixamos Portugal de lado, aliás, na importação Portugal é o segundo maior parceiro de Angola, depois de China”, disse o governante, sublinhando que nos últimos 10 anos os dois países têm estado a disputar esta posição.
Mário Caetano João, ministro da Economia e Planeamento, frisou que a China é o maior parceiro, quer nas importações quer nas exportações, domínio onde Portugal ocupa o sexto lugar.
Na introdução desta primeira edição, que serviu para o balanço dos últimos quatro anos da “Diplomacia Económica” desenvolvida pelo Estado angolano e perspectivas, Mário Caetano realçou como ganhos a disponibilização por parte de diversas instituições financeiras de alguns recursos para o sector privado.
“Temos o IFC [International Finance Corporation], o braço privado do Banco Mundial, que tem disponibilizado cerca de 1,2 mil milhões de dólares para o nosso empresariado e até à data tem aprovado cerca de 100 milhões de dólares [87,4 milhões de euros], não diretamente no setor real, mas no setor financeiro”
Mário Caetano João citou também a linha disponibilizada pelo Deutch Bank com cerca de mil milhões de dólares (874,4 milhões de euros), com 10 projectos já aprovados, no montante de 340 milhões de dólares.
Em África, o ministro destacou a linha de 120 milhões de dólares, que está a ser operacionalizada pelo Banco de Poupança e Crédito (BPC).
Durante a interação, foram apresentadas algumas preocupações, nomeadamente o antigo problema na concessão de vistos de trabalho, como descreveu o presidente da Câmara de Comércio Estados Unidos da América/Angola, Pedro Godinho, bem como o défice de uma força de trabalho qualificada, citado pelo presidente do conselho de administração do Instituto de Gestão de Ativos e Participações (IGAPE).