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A segunda temporada do programa ‘Linha Direta’ estreia esta sexta-feira, 19 de Abril, pelas 03:10, na Globo. Sob o comando de Pedro Bial, o programa, que conta com reapresentação ao sábado, às 21:45 (LUA), busca aprofundar as investigações de crimes marcantes da sociedade brasileira com episódios que misturam reportagens, entrevistas e simulações de casos com actores e recriação de cenários.
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Cada programa aborda diferentes temas por meio de casos revelados, com realce para a violência contra mulheres e crianças, abuso sexual, vingança, intolerância religiosa, racismo, entre outros. Além de conduzir o programa nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, Pedro Bial também entrevista eventualmente personagens e/ou testemunhas que tiveram ligação com as vítimas e que podem aprofundar as histórias através dos seus depoimentos.
Em entrevista, o apresentador revela a expectativa para a nova temporada:
Quais serão as novidades e temáticas do programa para esta temporada?
Teremos mais excelência na linguagem que já tinha uma proposta bem urdida. Além da modernização, também há o desafio de manter a essência do programa, que é a busca pela justiça e o uso da inteligência para desarmar a violência.
Qual o diferencial do Linha Direta em relação aos outros programas de true crime?
Acredito que existem muitos programas excelentes de true crime em podcasts. Eles têm uma forma de contar essas histórias que eu adoro. Também existem bons exemplos no streaming. Porém, também há o contraste com os exemplos que as pessoas não querem seguir que é a pura exploração da violência, do terror e o apelo do sensacionalismo. Estamos fora disso e iremos permanecer assim.
De que forma você acha que o Linha Direta presta um serviço para a sociedade?
Existe o serviço público directo, que é prender pessoas foragidas, mas o maior serviço que prestamos é a moral clássica da literatura policial: com as histórias, aprendemos que não se vence a violência usando de ainda mais violência, mas sim com inteligência. Invariavelmente, todos os casos são resolvidos com investigação criteriosa, percebendo as motivações dos criminosos, e, uma vez que o crime foi cometido, é importante não cometer outro para desvendá-lo, mas sim utilizar a lei interpretada pela inteligência humana.
Quais os maiores desafios de contar estas histórias?
Ser claro no relato, fazer com que tudo fique compreensível. Também é importante ter imagens para construir as narrativas. Hoje isso é bem possível, pois praticamente não existe ponto cego, temos câmaras por toda a parte. É importante que seja emocionante e que as pessoas sejam estimuladas por isso. É pela emoção que as pessoas aprendem e se desenvolvem. Gostamos de provocar uma reflexão a partir da emoção.
Qual a sua expectativa para a estreia do programa?
A expectativa é que vamos estrear bem, com boa repercussão e que iremos contribuir para mudar o estado de coisas da vida brasileira. A maior parte da população vive aterrorizada pela violência, é uma vida muito difícil. É importante levantar esta discussão para que algo seja feito de facto.