POC NOTÍCIAS | CARDOSO ALFREDO | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
Luanda – O navio de investigação científica norueguês, “Dr. Fridtjof Nansen”, inicia neste domingo (dia 12), nas águas oceânicas angolanas, o aprofundamento dos estudos sobre os recursos pesqueiros de Angola, num cruzeiro com mais de 40 especialistas a bordo.
Segundo o roteiro desta missão, o navio vai partir/sair do Porto de Luanda este domingo, em direcção à região Centro de Angola, onde irá radiografar a situação da distribuição, abundância e do comportamento das espécies mesoplágicos (recursos que vivem entre 200 a 1000 metros de profundidade abaixo do oceano.
Dividido em duas fases, o primeiro cruzeiro vai durar 10 dias, com o engajamento de 10 cientistas angolanos e cinco estrangeiros, enquanto o segundo será feito em 30 dias.
De acordo com a directora do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira e Marinha (INIPM), Filomena Vaz Velho, o segundo cruzeiro, que sai da região norte até a foz do rio Cunene, irá dedicar-se ao estudo das espécies pelágicas, como o carapau e sardinha, que se encontra na superfície dos oceanos. Nesta empreitada contará com a presença de 12 especialista nacionais e seis europeus.
No geral, o navio norueguês vai navegar durante 40 dias nas águas oceânicas angolanas, para reunir dados científicos e alcançar uma gestão sustentável da pesca, assim como aferir o impacto das mudanças climáticas nos oceanos de Angola.
O cruzeiro desta embarcação em Angola enquadra-se no Programa EAF-Nansen, que visa prestar suporte técnico no domínio da investigação e gestão das pescas.
Este programa é executado pela FAO, em colaboração com o Instituto de Pesquisa Marinha (IMR) de Bergen da Noruega, bem como é financiada pela Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento.
Desde 2017 até a presente data, o Programa EAF-Nansen trabalha com 32 países da África e apoia os esforços regionais e específicos de cada país, com vista a melhoria da segurança alimentar e nutricional, assim como o alcance de sistemas de gestão pesqueira sustentável.
O navio de investigação Dr. Fridtjof Nansen, que entrou em funcionamento em 2017 e equipado com tecnologia de ponta, é a terceira versão com o mesmo nome e o único que arvora a bandeira das Nações Unidas no mundo.