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O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é a principal instituição de desenvolvimento que apoia os Camarões na execução de grandes projectos de transformação, nomeadamente no domínio das infraestruturas de transportes, segundo um comunicado do Banco enviado à redação do POC NOTÍCIAS.
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Considerado como 0 principal parceiro no desenvolvimento de infraestruturas na África Central, actualmente o BAD tem mais de 50% da sua carteira nos Camarões, por exemplo, dedicada ao financiamento de infraestruturas de transportes. Num comunicado partilhado hoje aos meios de comunicação, é referido que o financiamento do Banco permitiu a ligação dos Camarões ao Congo através das duas fases do projecto de construção da estrada Ketta-Djoum, no valor de 173 milhões de dólares.
Noutro exemplo, o Banco também contribuiu para ligar os Camarões à Nigéria através do projecto de construção da estrada Bamenda-Enugu e da ponte Cross River, que será inaugurada em Outubro. A contribuição do Grupo Banco para o financiamento deste projecto é de 120 milhões de dólares. A construção da ponte sobre o rio Logone, financiada em 115 milhões de dólares, teve início em 2020 e deverá ligar o norte dos Camarões ao Chade. O projecto de construção de uma ponte sobre o rio Ntem, aprovado em 2023 com um custo de 80 milhões de dólares, ligará os Camarões à Guiné Equatorial.
A ligação dos Camarões aos seus vizinhos, nomeadamente o Congo, o Chade, a Nigéria e o Gabão, através da construção de estradas e pontes transfronteiriças, facilita a integração regional. Mais de 2,5 milhões de empregos directos, 40% dos quais para mulheres, foram criados em resultado destes projectos, que melhoram a eficiência da cadeia logística dos transportes ao longo dos corredores e aumentam o acesso da população aos serviços básicos.
Recorde-se que a 8 de Abril de 2024, o Ministro da Economia, do Planeamento e do Desenvolvimento Regional dos Camarões, Ousmane Alamine Mey, que é também o Governador do Banco para os Camarões, manifestou a sua satisfação pelo facto de as operações do Banco estarem a “mudar radicalmente a face das regiões”.
O Banco é a única instituição de desenvolvimento que continua a desenvolver actividades intensivas nas regiões do Extremo Norte, Noroeste e Sudoeste dos Camarões, onde a segurança é um desafio. Estas regiões, incluindo o Leste, são as prioridades do Banco nos Camarões para os próximos cinco anos.
Estes projetos incluem:
- o Projeto de Interconexão Elétrica Camarões-Chade, financiado em 240,86 milhões de dólares,
- o Projeto de Desenvolvimento Regional para a Região do Extremo Norte, financiado no valor de 215,8 milhões de dólares,
- o Estudo e Preparação de um Programa de Abastecimento de Água Potável e Saneamento, financiado no valor de 5,72 milhões de dólares,
- o Projeto Ring Road, no valor de 241,6 milhões de dólares,
- o Projeto de Rede Rodoviária Regional Integrada na Bacia do Lago Chade, financiado em 48,8 milhões de dólares,
- o Programa Integrado de Desenvolvimento e Adaptação às Alterações Climáticas na Bacia do Níger, financiado com 9 milhões de dólares.
Como sinal do reforço contínuo da sua cooperação, à margem da cerimónia de inauguração do seu escritório regional, o Grupo Banco assinou um acordo de financiamento de 203 milhões de euros com o Governo dos Camarões para a implementação do Projecto de Desenvolvimento Regional e de Promoção do Sector Privado para a Região do Extremo Norte. Este projecto, que beneficiará mais de quatro milhões de pessoas, contribuirá para o ordenamento do território, melhoria do sistema de transportes e promoção do setor privado, tendo em vista a emergência de um polo de desenvolvimento integrado e sustentável no Extremo Norte do país.
“Esta região constitui uma zona-tampão entre o Sahel e a África Central, e é uma verdadeira encruzilhada sub-regional entre três dos quatro países da bacia do Lago Chade (Camarões, Nigéria e Chade), que sofrem os efeitos de crises graves, distintas mas estreitamente ligadas”, lê-se no comunicado.
“O Banco é um parceiro muito importante para os Camarões e congratulo-me com o facto de as suas intervenções corresponderem às necessidades estratégicas do nosso país”, declarou o Ministro das Obras Públicas dos Camarões.