No quadro do seu compromisso com a inclusão cultural e a preservação da identidade nacional, a Fundação BAI inaugurou, no Centro Cultural Kassemba Terra Preta, a exposição “Paisagens em Arquivo”, da autoria do artista plástico E. Marcolink, integrada no programa “Arte nas Comunidades”.
A mostra, que estará patente até 29 de Outubro, reúne um conjunto expressivo de pinturas inspiradas nas paisagens angolanas, abordando rios, montanhas, florestas e atmosferas em mutação. Longe de uma representação literal do território, Marcolink constrói uma cartografia íntima e sensorial, marcada por cores vivas, gestos intensos e contrastes profundos, que convida o espectador a sentir os lugares como parte da sua própria história e identidade.
“Nesta exposição, o artista construiu uma cartografia poética das paisagens angolanas, dando-lhe um cariz de integração, preceito que vai ao encontro dos objectivos da Fundação BAI”, declarou Joseth Rita, Directora do Gabinete de Acção Social da Fundação.
Já António Paciência, do Centro Cultural Kassemba Terra Preta, destacou o simbolismo da iniciativa: “Esta exposição é um convite a olhar, sentir e lembrar os locais que já visitámos. É uma viagem sensorial por um território que vive em todos nós.”
O projecto “Arte nas Comunidades”, pilar do eixo Cultura da Fundação BAI, tem vindo a democratizar o acesso à arte em zonas periféricas, promovendo a transformação social através das disciplinas artísticas. Entre as acções mais relevantes, contam-se a construção de galerias nos centros Kassemba Terra Preta, Cassequel e AninMart (Cazenga), criando espaços permanentes de fruição, formação e expressão artística.
A exposição “Paisagens em Arquivo” afirma-se, assim, como um momento de valorização da cultura visual angolana, ao mesmo tempo que aproxima a arte das comunidades, gerando novos olhares sobre o território e reforçando a ligação entre cultura, identidade e cidadania.