A 18.ª edição do Prémio ENSA Arte 2026 foi apresentada hoje, 23 de Outubro, em Luanda, numa conferência de imprensa que reafirmou o compromisso conjunto da ENSA Seguros e do Ministério da Cultura e Turismo com a valorização das artes plásticas e o fortalecimento da identidade cultural de Angola.
O Presidente da Comissão Executiva da ENSA, Mário Motalemos, destacou o concurso como “uma grande oportunidade para os artistas angolanos”, sublinhando o seu papel na promoção da cultura e na descoberta de novos talentos. “Temos verificado um crescimento contínuo da participação e acreditamos que, este ano, o envolvimento dos artistas será ainda mais forte”, afirmou, frisando que o evento, com 35 anos de existência, se consolidou como um marco cultural de referência nacional.
Segundo o responsável, o Prémio ENSA Arte tem sido um espaço de revelação de talentos que hoje se afirmam dentro e fora do país, contribuindo para o fortalecimento da carreira dos artistas e para a valorização económica das suas obras. “Mais do que competir, o objectivo é divulgar o talento e contribuir para o crescimento da cultura nacional”, acrescentou.
O período de inscrições decorre até 12 de Janeiro, sem limitação quanto ao número de participantes, abrangendo modalidades como pintura, escultura e outras expressões artísticas.
Por seu turno, o Ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, enalteceu o Prémio ENSA como exemplo notável de responsabilidade social corporativa, sublinhando a importância da colaboração entre o sector público e privado na promoção da arte nacional. “É importante que as empresas compreendam o valor da arte e do trabalho dos artistas, apoiando iniciativas que permitam ao espaço artístico angolano ocupar o lugar que merece”, afirmou o governante.
Filipe Zau destacou ainda o papel da arte como motor de desenvolvimento económico e turístico, defendendo uma maior integração das expressões culturais nas estratégias de crescimento do país. “Os turistas não foram feitos para estar apenas dentro dos hotéis. Devem sair, contemplar as nossas artes e adquirir obras dos nossos artistas. Assim, contribuímos para divulgar a cultura e combater o desemprego”, declarou.
O Ministro aproveitou igualmente o momento para sublinhar a relevância da cooperação cultural entre Angola e França, através da Aliança Francesa, que, além de promover a língua francesa, “ensina o quimbundo, num gesto de profundo respeito pelo nosso património linguístico”. Filipe Zau defendeu que este exemplo deve inspirar outras instituições a valorizar as línguas nacionais, reforçando a preservação da identidade angolana num mundo globalizado.
A conferência terminou com uma mensagem de compromisso mútuo entre as instituições organizadoras, que reiteraram o propósito de fazer da arte um pilar do desenvolvimento humano, económico e social de Angola.





