O craque argentino Diego Armando Maradona faleceu esta quarta-feira, aos 60 anos, vítima de paragem cardiorrespiratória. A notícia começou por ser avançada pelo jornal Clarín e já foi confirmada pela Federação Argentina de Futebol (AFA).
Maradona encontrava-se em repouso na cidade de Tigre, a norte de Buenos Aires, a recuperar da operação a um edema cerebral a que foi submetido no início do mês. Esta quarta-feira entrou em paragem cardiorrespiratória e acabou por falecer, antes da hora de almoço, apesar das tentativas de reanimação dos médicos que o socorreram.
Considerado por muitos o melhor jogador de todos os tempos, Maradona regou a carreira com várias polémicas que nunca colocaram em causa a sua genialidade. Formando no Argentinos Juniors, passou ainda pelo Boca Juniors antes de rumar ao futebol europeu para representar o Barcelona (1982-1984) e onde conquistou uma Taça do Rei, uma Taça da Liga e uma Supertaça.
Seguiu depois para o Nápoles (1984-1991) onde alcançou o estatuto de lenda. Com a camisola napolitana venceu dois campeonatos, uma Taça de Itália, uma Supertaça e uma Taça UEFA. Representou ainda o Sevilha (1992-1993) antes de regressar à Argentina. Jogou pelo Newell’s antes de regressar ao Boca Juniors, em 1995, onde esteve mais três temporadas antes de se retirar dos relvados, em 1998.
Pela seleção, El Pibe conquistou um Mundial de sub-20, em 1979, e um Campeonato do Mundo, em 1986, no México. Ali protagonizou um dos lances mais falados da história do futebol ao marcar, com a mão, frente a Inglaterra, o golo que valeu a passagem da Argentina às meias-finais.
Ao todo, marcou 446 golos em 588 jogos realizados pelos clubes que representou. Pela seleção fez 91 jogos e marcou 34 golos.
Como treinador teve carreira mais discreta, mas igualmente marcada por várias polémicas. Destaca-se o cargo de selecionador da Argentina, entre 2009 e 2010. Levou o País das Pampas até aos quartos de final do Mundial na África do Sul, onde acabou por cair aos pés da Alemanha (derrota por 0-4).
Treinou ainda o Textil Mandiyú, o Racing Club e o Gimnasia, na Argentina, o Al Wasl e o Al-Fujairah, nos Emirados Árabes Unidos, e o Dorados, no México.
Fonte: ABOLA