POC NOTÍCIAS: Fábio Domingos | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
Instituições foram chamadas a adoptar por um modelo de governo interno adequado, bem como um modelo de controlo interno que garanta uma supervisão efectiva por parte das autoridades, órgãos de supervisão e reguladores, promovendo uma sólida cultura de risco.
A Comissão do Mercado de Capitais, no âmbito da promoção e desenvolvimento do Mercado, realizou recentemente um Workshop denominado “As Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) como Boas Práticas de Governação Corporativa em Angola”, em colaboração com a Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola (OCPCA).
O workshop teve como objectivo estimular os participantes do mercado de capitais a incrementar esforços na adequação dos seus padrões de relato financeiro e de governança corporativa, ilustrando os benefícios associados ao alinhamento às melhores práticas estabelecidas, tendo o evento, contado com duas (2) apresentações feitas por representantes do Banco Nacional de Angola (BNA) e da KPMG, bem como um painel de debates.
Na ocasião, realçou-se que a importância da implementação das Boas Práticas de Governação Corporativa consiste em colmatar e corrigir potenciais más práticas identificadas em determinadas circunstâncias, nomeadamente em períodos de crise económica e/ou financeira.
“Neste contexto, é necessário que as instituições tenham um modelo de governo interno adequado, bem como um modelo de controlo interno que garanta uma supervisão efectiva por parte das autoridades, órgãos de supervisão e reguladores, promovendo uma sólida cultura de risco”, referiu Inês Felipe, Presidente do Conselho de Administração da KPMG.
Pedro Ntiama, Subdirector do Departamento de Regulação e Organização do Sistema Financeiro do BNA, refere que é imprescindível desenvolver, um conjunto único de normas de relato financeiro de elevada qualidade, compreensíveis e passíveis de serem implementadas e globalmente aceites, baseadas em princípios claramente definidos, podendo promover-se o uso e a aplicação rigorosa das normas, tomando em consideração as necessidades de entidades de diferentes dimensões e tipologias, em ambientes económicos diversos.
Por fim, foi consensual entre os presentes a proposta de continuidade do diálogo, a estruturação de um memorando ou diagnóstico com as principais recomendações retidas, bem como a criação de uma task force de ordem formal para avaliação da implementação das normas internacionais de relato financeiro em Angola, de modo a promover e facilitar a adopção das IFRS, através da convergência das normas contabilísticas locais e das IFRS.