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Cerca de 20 cidadãos de nacionalidade angolana, residentes em Portugal, protestaram ontem, 25 de Abril, em Lisboa, contra o Presidente João Lourenço, que se encontra em Lisboa para participar nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
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A manifestação decorreu junto a Assembleia da República em Lisboa, onde se ouviu o descontentamento perante ao sistema político de governação de João Lourenço.
O grupo de protestantes quer que João Lourenço abandone o poder antes mesmo de terminar o segundo mandato e alegam que o 25 de Abril não se reflete na liberdade das ex-províncias ultramarinas.
“Presidente da República de Angola é ditador” e “Ditadores não são bem-vindos à festa da democracia”, são essas algumas das frases sonantes do protesto, que marca mais uma vez o descontentamento de jovens angolanos residentes em Portugal.
Recorde-se que a 22 de Abril, a angolana Laura Gonçalves, endereçou ao presidente do CHEGA, André Ventura e os respectivos militantes, uma missiva onde dava nota da insatisfação de muitos angolanos sobre a situação actual do país e da governação de João Lourenço.
“Atendendo o perfil político e/ou ideológico do CHEGA de não cooperar com governos, ou figuras políticas com práticas de corrupção, violação dos direitos humanos e as ditaduras. A comunidade angolana residente em Portugal e não só gostaria de saber qual é ou será o vosso posicionamento face ao presidente angolano que lidera um partido MPLA que está no poder há quase meio século e tendo sequestrado o estado desde a independência de 1975”, lê-se na carta que o POC NOTÍCIAS teve acesso.
Para a comunidade angolana em Portugal, “constitui paradoxo que Portugal celebre os 50 anos do fim da ditadura Salazarista e convide um presidente de um regime ditatorial que viola sistematicamente a Constituição da República, mantém os esquemas de corrupção, vence as eleições com fraude, persegue os ativistas ao ponto de abandonarem o país e outros ainda presos por realizarem manifestações mesmo com respaldo constitucional, lidera a polícia que executa a luz dia as vendedoras ambulantes, sequestra a comunicação social pública, assembleia nacional, tribunais”, lê-se na mesma carta enviada ao partido CHEGA.