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Brasil quer relançar a parceria estratégica com Angola, com capital brasileiro já instalado em Angola ou previsto para novos projectos, incluindo a primeira fase da construção da refinaria de Cabinda e o terminal portuário da Barra do Dande.
O Brasil quer relançar a parceria estratégica com Angola, apostando numa forte carteira de investimentos, estimada em 1,7 mil milhões de euros, em áreas que vão da energia à agroindústria, passando pela farmacêutica, construção e turismo.
Em Fevereiro, realizou-se a segunda reunião do Comité Conjunto do Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) Brasil-Angola, envolvendo o sector público e privado, demonstrando que há condições favoráveis para a expansão dos investimentos entre os dois países, com uma carteira estimada de cerca de 1,7 mil milhões de euros, segundo o embaixador do Brasil em Angola, Rafael Vidal.
O montante envolve capital brasileiro já instalado em Angola ou previsto para novos projectos, incluindo a primeira fase da construção da refinaria de Cabinda, o terminal portuário da Barra do Dande (na província do Bengo) e o ‘hub’ de armazenamento e comercialização de combustíveis, ambos a cargo da Novonor/Odebrecht (OEC), centralidades em algumas províncias, e o desenvolvimento de uma fábrica de medicamentos na Zona Econômica Especial, adiantou.
Em perspectiva está também o cultivo de arroz associado a um projecto agroindustrial de arroz, milho e feijão, da empresa brasileira Ruzene em parceria com a angolana Sílaba, que está a ser estruturado financeiramente com um banco angolano.
Além do potencial turismo sustentável. “Estamos a propor ao governo angolano uma parceria bastante criativa e inovadora que é a de investimento em turismo sustentável, envolvendo ‘know-how’ e capital de empresas brasileiras, em áreas concessionadas, no litoral”, indicou o diplomata.
Associados aos empreendimentos turísticos, estariam projectos ambientais, incluindo tratamento de águas e resíduos, reciclagem de lixo, reabilitação urbana e dessalinização de águas, adiantou Rafael Vidal, referindo que a proposta, que envolve a Associação Brasileira de Hotelaria, já foi apresentada ao governo angolano.