POC NOTÍCIAS: Fábio Domingos | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
Biocom pretende alargar este ano a produção de açúcar em 8.000 toneladas, mais 16% do que em 2021, e espera alcançar a capacidade máxima em 2026.
A Biocom, Companhia de Bioenergia de Angola, lançou hoje, 18 de Maio, a sua safra de 2022, em Malanje, marcando a abertura do ano agrícola. O objectivo é aumentar a produção até ao limite da capacidade da fábrica – 250 mil toneladas – o que pode acontecer em três ou quatro anos, segundo o diretor-geral adjunto, Luís Bagorro.
Na apresentação da safra, o responsável falou também sobre as dificuldades do último ano, devido à conjuntura internacional, que está a encarecer os equipamentos, adubos, fertilizantes e transportes, além das dificuldades logísticas de escoamento devido ao mau estado das estradas.
O responsável informou que até ao ano passado, a Biocom dispunha de 26.000 hectares plantados dos quais 22.000 eram utilizados (a restante área era de replantio), enquanto este ano há 30.000 hectares plantados a partir dos quais serão colhidos 26.000 hectares de cana, sem avançar os valores do investimento.
O mesmo responsável realçou que a área vai continuar a aumentar nos próximos anos até atingir a maturidade do projecto (250 mil toneladas) o que permitirá quase satisfazer em grande parte o consumo de açúcar em Angola, caso se mantenha próximo do actual.
Este ano a Biocom espera produzir 18.000 metros cúbicos de etanol neutro e 64.000 megawatts de energia elétrica a partir de biomassa (cana-de-açúcar) que podem fornecer eletricidade a cerca de 80.000 habitantes, segundo a directora de operações agroindustriais, Fernanda Andrade.
A Biocom emprega actualmente cerca de 3.700 trabalhadores e está implantada no polo agro industrial de Capanda, numa área superior a 81 mil hectares dos quais 70 mil são cultiváveis e os restantes destinam-se à preservação da vegetação.