O Standard Bank de Angola (SBA), em parceria com a Associação Nacional dos Bancos (ABANC), promoveu esta segunda-feira, 7 de Outubro, um workshop sobre Combate à Fraude Financeira, que reuniu especialistas da África do Sul e Nigéria, bem como representantes do Banco Nacional de Angola (BNA), da EMIS e de bancos comerciais associados à ABANC.
O encontro, realizado no Hotel de Convenções de Talatona, em Luanda, teve como objectivo reforçar a cooperação multissectorial e partilhar metodologias de prevenção, monitorização e resposta aos crescentes riscos de fraude e cibercriminalidade no sistema financeiro angolano.

“O sector financeiro angolano tem registado um crescimento significativo nas transacções digitais, o que, embora positivo para a inclusão financeira, aumenta também a exposição a riscos de fraude”, alertou Cláudia Viana, Directora Executiva do SBA. “Este workshop surge da necessidade de promover uma resposta coordenada e preventiva”, acrescentou.

Por seu turno, o Presidente da ABANC, Mário do Nascimento, destacou que o combate à fraude é um desafio global que exige ética, confiança e transparência. “Precisamos de conceber mecanismos eficazes de prevenção e resposta, reforçando a partilha de informação entre bancos, reguladores e autoridades competentes”, sublinhou.
Durante o evento, foram discutidas tendências globais e estratégias internacionais no combate à fraude, com contributos do SABRIC (South African Banking Risk Information Centre), do SAFPS (South African Fraud Prevention Services) e de entidades da Nigéria, que partilharam boas práticas e modelos de coordenação nacional.
Num painel executivo dedicado ao papel dos Conselhos de Administração, participaram Marília Poças (BNA), Maria do Carmo Bernardo (BFA), Eduardo Bettencourt (EMIS) e Yonne de Castro (SBA), sob moderação de Naiole Cohen (EY Angola / ACGA).
A Administradora Executiva do BNA, Marília Poças, defendeu a necessidade de uma actuação conjunta e da implementação de soluções tecnológicas integradas, como a identificação biométrica e a autenticação multifactorial, para garantir maior segurança nas operações. “A segurança financeira depende não apenas de sistemas sofisticados, mas também da formação das equipas e da educação dos utilizadores”, afirmou.
O encontro contou ainda com a participação de representantes do MINTTICS, operadoras de telecomunicações, Serviço de Investigação Criminal, Polícia Nacional e Procuradoria-Geral da República, reforçando a ideia de que combater a fraude é proteger o futuro do sistema bancário e a confiança dos cidadãos.