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O Banco Mundial prevê que a economia de Angola cresça 3,1% este ano e abrande para menos de 3% até 2024, mantendo, assim, crescimentos abaixo da média regional, devido à desaceleração na produção de petróleo.
“A taxa de crescimento de Angola deverá cair de 3,1% este ano para 2,8% em 2023 e estabilizar nos 2,9% em 2024”, lê-se no relatório Pulsar de África, hoje divulgado pelo Banco Mundial, em Washington.
“O fraco desempenho é explicado pelos preços mais baixos do petróleo, com a economia a continuar dependente deste sector para crescer”, acrescenta-se no documento, que revê em alta a previsão de crescimento feita em Abril, estimando mais 0,2 pontos percentuais de crescimento este ano do que o antevisto em Abril, na edição anterior do Pulsar de África.
Esta melhoria “reflete a contribuição da subida mais alta do que o esperado nos preços do petróleo, que deverão rondar os 100 dólares por barril, em média, este ano”, explicam os economistas do Banco Mundial.
A nível regional, o Banco Mundial reviu em baixa a previsão de crescimento para a África subsaariana, antecipando uma expansão de 3,3%, abaixo dos 4,1% de 2021, e defendeu a “necessidade urgente” de restaurar a estabilidade macroeconómica.
“Oito dos 38 países elegíveis para a IDA estão com dívida problemática [`debt distress`, no original em inglês], e outros 14 estão em risco de se juntarem; ao mesmo tempo, os elevados custos de financiamento comercial torna difícil para esses países financiarem-se nos mercados nacionais e internacionais, num contexto em que o aperto das condições monetárias está a enfraquecer as moedas e a aumentar os custos de endividamento externo para os países africanos”, lê-se ainda no relatório.