As Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) continuam a enfrentar sérios obstáculos no acesso ao crédito, sendo a falta de garantias uma das principais barreiras, conforme afirmou Bráulio Augusto, administrador executivo do INAPEM, durante sua intervenção no XIII Fórum Economia & Finanças, realizado hoje em Luanda.
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O evento, que teve como tema “Financiamento das MPMEs em Tempo de Transformação Global”, reuniu especialistas e representantes do sector financeiro para discutir os desafios e oportunidades que as empresas de menor porte enfrentam no cenário económico actual.
Bráulio Augusto reconheceu que o ecossistema das MPMEs enfrenta grandes desafios, especialmente no que diz respeito ao acesso ao crédito bancário. “A falta de garantias é o principal obstáculo para o crédito, algo que muitas MPMEs não possuem”, destacou o administrador. Além disso, mencionou as dificuldades relacionadas aos altos custos de juros e a complexidade dos processos bancários, o que torna ainda mais difícil o acesso das empresas ao financiamento necessário para o seu crescimento e sustentabilidade.
Apesar do cenário actual, Bráulio Augusto ressaltou que o governo angolano tem demonstrado um compromisso claro com o fortalecimento das MPMEs, reconhecendo o seu papel crucial no desenvolvimento da economia nacional.
O responsável mencionou algumas das iniciativas do governo, incluindo a criação de instrumentos de financiamento e o fortalecimento do fundo de garantia, que tem desempenhado um papel fundamental na redução dos riscos associados aos empréstimos para esse segmento.
A edição de 2024 do XIII Fórum Economia & Finanças, organizado pela Associação Angolana de Bancos (ABANC), teve como foco os desafios e as oportunidades que Angola enfrenta no financiamento das MPMEs, especialmente à luz das transformações globais e dinamicas do mercado financeiro internacional. Entre os principais temas discutidos estavam: “O financiamento das MPMEs no contexto angolano”, “Desafios e perspectivas no acesso ao financiamento das MPMEs”, “O financiamento de segmentos vulneráveis para fortalecimento da economia” e “Financiamento às MPMEs e inovação financeira”.