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A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), apresentou hoje, 13 de Novembro, em Luanda, a estratégia de lançamento dos biocombustíveis no país, a última etapa da auscultação pública realizada, segundo o responsável da Direção de Integração Energética e Biocombustível da ANPG, Vita Mateso.
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No discurso de abertura do evento de apresentação, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, destacou que não é um tema novo para o sector dos petróleos e gás, e para incentivar o desenvolvimento de uma cadeia de exploração e produção de biocombustíveis em Angola, a ANPG Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, tem a responsabilidade de regulamentar e fiscalizar esta actividade.
“Pelo que, o acto que hoje assistimos deverá ser o primeiro de muitos que nos levarão à reflexão e promulgação de diplomas legais relevantes ao exercício pleno desta actividade e a obtenção de resultados nos próximos tempos”, frisou.
Diamantino Azevedo realçou que a Estratégia Nacional de Biocombustíveis aprovada em 2009, para fazer face aos compromissos do Protocolo de Kyoto, que congrega entre outros objectivos a redução das emissões de gases de efeito estufa, foi revista atendendo às actuais circunstâncias económicas, de desenvolvimento tecnológico e de transição energética.
Segundo o ministro, a utilização de biocombustíveis na matriz energética de Angola poderá ter impacto sobre a importação de produtos derivados do petróleo, contribuindo desta forma para a economia de divisas.
Em declarações à imprensa, o responsável da Direção de Integração Energética e Biocombustível da ANPG, Vita Mateso, salientou que Angola tem “muito potencial” para a produção de biocombustíveis, olhando para a quantidade de terras aráveis que possui, permitindo que o país atinja quatro objectivos definidos, designadamente o crescimento do Produto Interno Bruto, a redução das emissões de gás de efeito estufa, o crescimento social e a exportação de energia verde.
A construção de infraestruturas básicas é um dos desafios para a produção de biocombustíveis, no que se refere ao armazenamento da safra, produção agrícola, o seu escoamento, “ou seja, estradas apropriadas”, fábricas de extração de óleo e biorrefinarias.
“O objetivo final dessa estratégia de facto não é só produzir óleo para ser exportado, mas queremos transformar o óleo em Angola, termos as nossas biorrefinarias espalhadas no país para produzir localmente e o produto final ser usado internamente e uma parte ser exportada”
Vita Mateso avançou que para uma produção para uso interno calcula-se um investimento inicial, nos primeiros anos, em torno de 12 a 20 mil milhões de dólares, prevendo-se para 2024, a curto prazo, a realização de um estudo de viabilidade, olhar para a questão da certificação e revisão da legislação.
Fonte:Lusa