Sem revelar números de investimento, a Eni – empresa que opera em toda a cadeia de valor da energia, prevê para 2022 o arranque de um projecto que poderá aumentar a capacidade de produção de gasolina no país.
Está em construção um projecto que poderá entrar em funcionamento em 2022, que visa aumentar a capacidade de produção de gasolina, permitindo ao país reduzir a sua dependência da importação de produtos acabados, afiançou o CEO da ENI em Angola, Cláudio Descalzi, quando falava durante o encontro com o Presidente da República de Angola, João Lourenço.
Descalzi actualizou também ao Presidente João Lourenço sobre o novo consórcio de gás que permitirá desenvolver e rentabilizar campos de gás não associados, aumentando a capacidade de Angola para produzir LNG e a disponibilidade de gás doméstico para o desenvolvimento industrial do país.
Durante o encontro, realizado hoje (6.4.21) em Luanda, e que serviu para analisar o progresso das actividades no país e discutir novas áreas de cooperação da Eni – empresa global dinâmica que opera em toda a cadeia de valor da energia, foi também discutido o progresso das iniciativas de desenvolvimento local da Eni, que se centram no desenvolvimento agrícola, acesso à água, energia, educação e saúde, bem como iniciativas de desminagem, acesso à terra e diversidade & inclusão.
Descalzi também actualizou o Presidente sobre o desenvolvimento de um terceiro pólo de produção no Bloco 15/06, que permitirá colocar em produção todo o potencial da descoberta de Agogo.
“Eni tem actualmente uma cota de produção de cerca de 120.000 barris de petróleo equivalente por dia”
Num comunicado que o Poc Notícias teve acesso, destaca-se também que as partes analisaram por outro lado o progresso das iniciativas renováveis e de downstream. “A Solenova JV (Sonangol 50%, Eni 50%) completou as actividades iniciais da primeira fase da central fotovoltaica de Caraculo, com arranque previsto em 2022. Relativamente ao downstream, a Eni renovou o seu compromisso na Refinaria de Luanda onde, graças ao esforço conjunto da Sonangol e da Eni, a eficiência operacional do activo melhorou significativamente nos últimos três anos”, aponta o comunicado.
O comunicado refere que Angola desempenha um papel fundamental na estratégia de crescimento orgânico da Eni, que está presente no País desde 1980. Para além do Bloco Operado 15/06, com dois pólos de produção, e o desenvolvimento de um terceiro pólo no campo de Agogo, a Eni opera actualmente na fase de exploração o Bloco 1/14 (offshore da Bacia do Baixo Congo), e os Blocos Cabinda Norte e Cabinda Centro (onshore) e em breve aumentará as suas áreas operadas com o Bloco 28 no offshore da Bacia do Namibe.
Com cerca de 31.000 funcionários trabalhando em 67 países, a Eni tem actualmente uma cota de produção de cerca de 120.000 barris de petróleo equivalente por dia. As suas actividades abrangem a exploração de petróleo e gás natural, desenvolvimento e produção em campo, refinaria e marketing, além do fornecimento, comercialização e transporte de gás natural, LNG, electricidade, combustíveis e produtos químicos.
Poc Notícias: Domingos Barros