Foi lançado hoje, no Soyo, o concurso público para concessão, construção, exploração e gestão comercial das Plataformas Logísticas do Soyo e do Luvo, que segundo o Ministro do Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu, “é mais um passo concreto na promoção da diversificação da economia angolana, por via do estímulo do aumento da produção de outros sectores e da redução da dependência ao petróleo”.
POC Notícias: Fábio Domingos
Foto: D.R
O concurso lançado hoje, é, segundo o ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu, um passo importante que visa reforçar a Rede Nacional de Plataformas Logísticas. “Com o lançamento destes concursos para estas duas concessões estratégicas, de um conjunto de 6 previstas até 2022, procurando-se dinamizar o grande potencial económico desta região e responder ao aumento crescente da demanda de bens e serviços por parte dos cidadãos e das empresas, damos um importante passo para reforçar a nossa Rede Nacional de Plataformas Logísticas”.
O governante, avançou ainda que esta rede de plataformas logísticas será um elemento importante no plano de diversificação da economia nacional e que dependendo da província onde estiverem, as plataformas logísticas facilitarão o armazenamento, conservação e escoamento da produção das zonas produtivas, rurais, pesqueiras.
“A rede de plataformas também será importante para pólos agroindustriais, que serão a base de serviços para diferentes sectores de actividade como o da agricultura, mineração, florestas, indústria de alimentos, pescas, energia, turismo e indústria de hidrocarbonetos, não só no Soyo e no Luvo, mas também no Luau, província do Moxico, onde a futura plataforma logística será fundamental para a exportação de vários produtos de origem nacional ou mesmo mercadoria em transito, aproveitando o potencial do Corredor do Lobito”, avançou o governante.
Angola terá 21 novos centros logísticos intermodais até 2038
O ministro dos Transportes avançou que o país contará até 2038 com um total de 21 novos centros logísticos intermodais com serviços alfandegários e serviços administrativos afins integrados.
“Todas estas plataformas terão características diferentes que se complementarão entre si. Poderão ser de âmbito nacional, regional, transfronteiriço, urbano, portuário ou aeroportuário, com o grande fito de servir de ponte e aproximar os centros de produção, aos mercados consumidores, trazendo consigo soluções tecnológicas inovadoras e integradas, para desmaterialização e desburocratização de processos e procedimentos administrativos, a montante, e optimização de custos a jusante, através da Janela Única Logística, JUL, beneficiando os operadores e os consumidores finais”, garantiu o ministro dos Transportes.
Rircardo de Abreu revelou ainda que estes desafios têm como previsão um investimento que deverá ascender aos 445,5 milhões de dólares norte-americanos, executado na modalidade de Parceira Público-Privada entre o governo angolano e o sector privado.
“As plataformas logísticas do Soyo e do Luvo espelham a visão integrada do sector e o seu papel de facilitador e catalisador de outros sectores, com base numa avaliação rigorosa de todo o potencial disponível. A movimentação de carga do porto do Soyo, está projectada atingir 664 mil toneladas, em 2038, das actuais 323 mil toneladas”
A movimentação de carga do porto do Soyo, está projectada atingir 664 mil toneladas, em 2038, das actuais 323 mil toneladas. Actualmente, são movimentadas mais de 150 mil Toneladas de mercadoria diversa para exportação pelo posto fronteiriço do Luvo, e pouco mais de 5 mil toneladas de importações.
A Plataforma Logística do Soyo ocupa uma área de 15 hectares e estará equipada com seis entrepostos, parque de contentores, parque de estacionamento de viaturas pesadas e diferentes armazéns, oficinas de reparação, posto de abastecimento de combustível e edifícios serviços administrativos e de comércio. Terá também um porto seco, de 25 hectares a ser construído na área do campo oito.