A primeira edição da Exposição Colectiva do Ondjango Feminista “Em Independência” foi inaugurada nesta Segunda-feira, 30 de Novembro, no Centro Cultural Brasil Angola (CCBA) e estará aberta ao público até dia 6 de Dezembro.
POC Notícias: Ana Atalmira
Foto: D.R
Organizada pelo colectivo feminista de mulheres, Odjango Feminista, a mostra que conta com obras de 10 artistas, pretende, através da representação artística, trazer reflexões sobre como as mulheres, de modo geral, se relacionam com a ideia de independência nacional: o ideal, a realidade, a memória, a política, o quotidiano, e tudo o resto.
De acordo com a porta-voz do evento, “A exposição surge como mecanismo para incentivar a produção artística com um olhar feminista e crítico. É evidente que ao longo destes 46 anos de independência vivemos uma realidade marcada por exclusão, violência, e desigualdade, o que demonstra que há ainda um longo caminho a percorrer para uma independência substantiva e efectiva, capaz de garantir a realização dos anseios e direitos das mulheres”, sublinhou Kamy Lara.
A Exposição “Em Independência” uma manifestação artística que se assume como forma de participação política e/ou social, propõe reflectir no mês de celebração da independência nacional, sobre o impacto da mesma na vida das mulheres angolanas ou que vivem em Angola. A escolha pela selecção exclusiva de artistas mulheres ou não-bináries foi propositada tendo como objectivo incentivar a produção artística com um olhar feminista e crítico.
O evento contará com a presença de artistas selecionadas(es) por candidaturas antecipadas. Depois de uma minuciosa avaliação das candidaturas, a exposição vai contar com a participação de Cláudia Costa, Eltina Santos, Imanni Silva, Luz Feliz, Mwana Pwo, Nark Luenzi, Pamina, Sarhai Grafitteira, a dupla artistas Diana Monteiro e Cristiane Baltazar e a Dupla Ela composta por Hitila Vanice e Sankofa.
O Ondjango Feminista é uma associação feminista autónoma de activismo e educação, que trabalha desde 2016 em prol da realização dos direitos humanos de todas as mulheres e meninas em Angola, advogando por uma agenda feminista transformadora a partir de uma perspectiva de justiça social, solidariedade e liberdade.