Preso preventivamente desde Setembro de 2020, acusado de vários crimes, São Vicente é segundo os advogados de defesa, vítima das autoridades angolanas que decidiram “arranjar um bode expiatório para o povo angolano”.
POC Notícias: Fábio Domingos
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Arranca no dia 26 de Janeiro, em Luanda o julgamento do empresário Carlos São Vicente, esposo de Irene Neto, filha do primeiro presidente de Angola, António Agostinho Neto.
Preso preventivamente desde Setembro de 2020, acusado de vários crimes, entre os quais fraude fiscal, envolvendo centenas de milhões de dólares, peculato e branqueamento de capitais, o seu julgamento acontece na 3.ª Secção Criminal do Tribunal da Comarca de Luanda.
No entanto, para os seus advogados, que reclamam a inocência de São Vicente, o principal objectivo das autoridades angolanas foi “arranjar um bode expiatório para o povo angolano” e apoderar-se dos bens do empresário que estão congelados na Suíça, num “contexto de crise económica e social sem precedentes em Angola”.