Número corresponde ao total que os bancos comerciais fizeram chegar ao regulador como resultado das contrafacções do mercado informal à nova família de kwanzas, dinheiro que não tem mais do que 1 ano.
POC Notícias: Moisés Tchipalavela
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Um total de 416 notas foi o quanto o Banco Nacional de Angola (BNA) já recebeu dos 25 bancos comerciais que operam no mercado doméstico, como resultado das contrafacções que os agentes do mercado informal de moeda e similares tentam introduzir na economia formal, soube o POC Notícias de um alto dirigente do órgão regulador do sistema bancário.
Este é o total de notas falsas identificadas pelos bancos comerciais e seus clientes, desde que o banco central pôs em circulação à nova família de Kwanza, a sete de Julho de 2020.
Sem avançar o montante total que estas notas representavam, no período da recolha, o responsável fez saber que, em regras, os falsificadores têm como preferência as notas de maior valor facial, que, no caso de Angola, são as de 2.000 e 5.000 Kwanzas, esta última com maior facilidade de reprodução, considerando o material de que é feito, o papel algodão.
“Os falsificadores têm como preferência as notas de maior valor facial, que, no caso de Angola, são as de 2.000 e 5.000 Kwanzas”
Analistas e economistas do mercado consideram que, com falsificações a incidirem em maior volume sobre as notas de 2000 e 5000 kwanzas, e dado o volume de notas falsas sob domínio do banco central, o total líquido “é um valor expressivo”, isto sem contar, com os valores que ainda circulam nos mercados informais.
“Há muito dinheiro falso na rua. Basta que as pessoas vão aos mercados informais para os detectar. Mas não é de fácil identificação, porque, assim como o banco central aumenta os níveis de segurança, os falsificadores caminham para o mesmo sentido, de melhoria das práticas de contrafacção”, disse um economista ligado a uma instituição bancária que pediu para não ser identificado.