Angola acaba de lançar o concurso internacional para gestão e manutenção do Corredor do Lobito. As propostas devem ser submetidas até ao dia 7 de dezembro deste ano, tendo a concessão um prazo de 30 anos.
Com a reabilitação e modernização do Corredor do Lobito, o governo angolano abriu esta quarta-feira, 8, na província de Benguela, a possibilidade de gestão partilhada do Corredor do Lobito a empresas privadas.
Pretende-se com a concessão, criar empresa de capital privado, uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), a ser controlada por operadores privados (ou por uma única entidade) e com participação minoritária do Estado.
À SPE serão atribuídas as responsabilidades de operação, exploração e manutenção da infra-estrutura da linha férrea do Lobito/Luau (com a possibilidade de construção de ramal de ligação à Zâmbia) e o serviço ferroviário de transporte de mercadorias na linha férrea do Lobito/Luau,
A nova gestão terá ainda a responsabilidade da construção, operação e exploração de dois terminais de trânsito de mercadorias de apoio serviço ferroviário de transporte de mercadorias na linha férrea do Lobito/Luau, sendo um deles no Lobito e outro no Luau, a gestão do centro de formação, na província do Huambo e a operação, exploração e manutenção das oficinas ferroviárias.
Segundo o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, “A concessão visa garantir a maximização e potenciação económica da infraestrutura ferroviária do Corredor do Lobito, sendo que, pelas suas valências, esta iniciativa apresenta-se como uma plataforma de dinamização das economias provinciais e nacional, permitindo a criação de postos de trabalho directos e indirectos para cidadãos angolanos, o incremento das exportações de Angola e investimentos indirectos em plataformas multimodais, terminais e outras infra-estruturas logísticas satélites ao longo da linha, promovendo o desenvolvimento económico, social e cultural das comunidades locais ao incentivar toda a produção económica ao longo de todo o perímetro da Concessão.
O governante destacou também que essa nova etapa do Corredor do Lobito vai permitir para os agentes económicos e população, bem como para os cidadãos das vizinhas República Democrática do Congo e da Zâmbia, uma maior integração regional e intercontinental das economias desses países.
POC Notícias: Domingos Barros