O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e a Mota-Engil África formalizaram, em Abidjan, um acordo para a concessão de uma garantia de crédito parcial não soberana no valor de 120 milhões de euros, destinada a apoiar a execução de infraestruturas sustentáveis em mais de uma dúzia de países africanos.
A operação permitirá suportar um empréstimo de 170 milhões de euros concedido pelo Deutsche Bank AG, ligado a metas de sustentabilidade. Este financiamento vai reforçar o perfil financeiro da Mota-Engil África, prolongar os prazos da sua dívida e viabilizar projectos nas áreas de transportes, serviços ambientais, água e saneamento, e obras civis energeticamente eficientes.
Segundo Manuel Mota, presidente da Mota-Engil África, este acordo é um “momento decisivo” para a empresa, que reforça a sua posição como líder na transformação de infraestruturas em África. “A Garantia de Crédito Parcial vai além da resiliência financeira, sinalizando a confiança do BAD na nossa visão e o seu compromisso em acelerar projectos inovadores que redefinem a conectividade e impulsionam o crescimento inclusivo.”
Já Solomon Quaynor, do BAD, sublinhou que a iniciativa está alinhada com a visão estratégica do banco. “Este acordo representa um passo significativo para desbloquear financiamento comercial adequado ao desenvolvimento de África. Em parceria com o Deutsche Bank, estamos a apoiar a Mota-Engil África na entrega de infraestruturas sustentáveis que criam emprego e reforçam a resiliência.”
Também o Deutsche Bank, representado por Maryam Khosrowshahi, destacou o carácter histórico da transacção. “Estamos orgulhosos por apoiar a Mota-Engil África. Este financiamento, com indicadores de sustentabilidade claramente definidos, permitirá o desenvolvimento de infraestruturas essenciais e um progresso duradouro em todo o continente.”
O acordo enquadra-se no Quadro de Financiamento Ligado à Sustentabilidade da Mota-Engil, que prevê metas concretas em saúde e segurança, inclusão de mulheres em cargos de gestão e criação de emprego local.
Com esta operação, o BAD reforça as suas prioridades estratégicas conhecidas como High 5, destacando-se os pilares “Industrializar África” e “Melhorar a qualidade de vida das pessoas em África”, ao mesmo tempo que promove a transição para um crescimento verde e inclusivo.