O Banco de Fomento Angola (BFA) é, desde hoje, a quinta empresa cotada na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), após a conclusão bem-sucedida da sua Oferta Pública de Venda (OPV), iniciada no passado dia 5 de Setembro. A admissão à negociação foi celebrada com a tradicional cerimónia “Ring the Bell”, que teve lugar no Hotel Marina Baía, na Ilha de Luanda, e contou com a presença de altos responsáveis do sector financeiro, reguladores, investidores e membros do Governo.
O momento foi marcado pelo toque simbólico do sino, que formalizou a entrada do BFA no mercado bolsista e reforçou o compromisso da instituição com a transparência, a boa governação e o financiamento da economia real.
Segundo a Presidente da Comissão Executiva da BODIVA, Cristina Lourenço, a operação ultrapassou largamente as expectativas iniciais, com um rácio de cobertura de 506% e um montante procurado superior a Um bilião de kwanzas que não pôde ser alocado por falta de oferta. “Mais do que entusiasmo, estes números demonstram confiança e convicção no valor das empresas nacionais e no próprio mercado bolsista”, afirmou.
A responsável sublinhou ainda a participação inédita de investidores estrangeiros, facto que considera não apenas um sinal positivo, mas também uma responsabilidade acrescida para todos os intervenientes no mercado de capitais.
Por sua vez, o Presidente da Comissão Executiva do BFA, Luís Gonçalves, destacou o simbolismo da entrada em Bolsa como “um novo capítulo” na história da instituição, fundada há mais de 30 anos. “É muito mais do que uma operação financeira; representa a confiança dos nossos accionistas”, afirmou o gestor, dirigindo-se também aos mais de 8 mil novos accionistas, a quem garantiu compromisso com a estabilidade, transparência e continuidade da missão do BFA, ser o banco de todos os angolanos.
A OPV do BFA é vista como um passo decisivo para a profundidade e diversificação do mercado angolano, permitindo que a Bolsa se afirme como complemento da banca na mobilização de poupanças e no financiamento da economia. Cristina Lourenço lançou um apelo às sociedades corretoras, gestoras de fundos e advogados para que desempenhem um papel mais activo na dinamização do mercado secundário e na captação de novas empresas para o mercado de capitais.
No encerramento da cerimónia, foi reafirmado o compromisso da BODIVA em continuar a fortalecer o ambiente tecnológico e regulatório do mercado, tornando-o cada vez mais eficiente, seguro e transparente para famílias e empresas.
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