Entre 7 e 9 de Agosto de 2025, 24 ciclistas percorreram cerca de 500 quilómetros, ligando Luanda ao Lobito, numa jornada de sensibilização sobre a neurodiversidade. A segunda edição do Pedal da Neurodiversidade, consolidou-se como um movimento que atravessa províncias, mobiliza comunidades e combate preconceitos em torno de condições como o Autismo, o Transtorno do Défice de Atenção e Hiperactividade (TDAH) e a Dislexia.
Mais do que uma prova desportiva, a iniciativa foi um gesto colectivo de empatia e respeito, levando informação e esclarecimento a famílias, escolas e instituições. Sob a liderança de Hélder Chipenda, o grupo contou com ciclistas de Luanda, Lobito e Benguela, entre os quais o paraolímpico Paulo Silva e duas atletas femininas.
O percurso teve início nos Ramiros, seguindo pela Estrada Nacional EN100 e enfrentando desafios como a exigente subida do Kikombo, no Cuanza Sul. A segurança foi garantida pela Polícia Nacional e pelo INEMA, que acompanharam a caravana ao longo do trajecto.
Para Hélder Chipenda, a experiência representou muito mais do que resistência física. “Cada quilómetro pedalado foi um passo na direcção de uma Angola mais inclusiva. A receptividade das comunidades mostra que a mensagem está a chegar, mas também que ainda há muito a fazer. O apoio dos nossos patrocinadores foi fundamental para que esta edição fosse possível e para que pudéssemos transformar vidas e comunidades”, sublinhou.
Durante a jornada, especialistas em Educação Especial e terapeutas promoveram sessões de sensibilização, destacando sinais de alerta para o diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e reforçando a importância do acompanhamento especializado.
A chegada ao Lobito foi marcada por encontros comunitários e actividades que incentivaram o diálogo sobre inclusão, inspirando novas acções e reforçando a mensagem de que uma sociedade mais consciente e acolhedora é possível.