Muitas pessoas, na aflição de ter a casa própria e diante dos altos custos do empréstimo bancário, procuram adquirir imóvel por renda resolúvel. A necessidade é tão grande que não param para avaliar os riscos.
O CEO da Promoveis em Angola, Cléber Corrêa, explica que um construtor que vai fazer uma casa e gasta 10 milhões de kwanzas, entre custo de terreno, material, mão de obra, projectos e outros, esse construtor vai colocar em cima desse custo 50% de lucro, portanto o preço de venda será 15 milhões kwanzas.
“Quando vai vender por renda resolúvel ele pede nessa casa 3 milhões de kwanzas de sinal e 12 parcelas anuais de 1 milhão de kwanzas. Atenção que a casa custou 10 milhões de kwanzas. Aí vem a pergunta. Se a casa custou 10 milhões kwanzas e ele recebe 3 milhões kwanzas de sinal, como é que ele faz para produzir casas, uma vez que está a gastar muito mais do que recebe de sinal e levará 7 anos só para repor o que gastou?”, explica e questiona o responsável.
Para Cléber Corrêa, a resposta é “vender 4 casas e entregar uma. Isso chama-se esquema pirâmide. As pessoas não podem cair nessa e que devem sempre aceitar a renda resolúvel somente se for para receber a casa no sinal ou quando se tratar de prazo de pagamento total seja curto, permitindo assim o construtor capitalizar-se para produzir a sua casa”, termina.