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Lucas expõe a estratégia que executou no jogo, declara a sua torcida para Fernanda e Matteus, e comenta os planos previstos para o pós-BBB, que incluem aproveitar a oportunidade da eliminação ocorrida ainda antes do Carnaval deste ano.
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O jeito tranquilo e apaziguador de Lucas Pizane se destacou em seu confinamento de pouco mais de uma semana no “Big Brother Brasil 24“. O baiano conversou com todos da casa, mas optou por não formar alianças tão cedo. Hoje, já fora do jogo, aponta Fernanda como a principal aliada, embora não tenha tido a oportunidade de traçar uma estratégia concreta com ela para seguir no reality.
“A estratégia acaba se desenrolando quando as cartas ficam na mesa. Eu acabei por sair do programa em uma fase em que isso não estava tão evidente”, justifica. Credita à intuição de Beatriz o facto de ter ido parar no paredão de forma tão certeira, mas à própria omissão o motivo de ter deixado a casa, após uma disputa com ela e Davi em que teve apenas 8,35% dos votos do público na preferência para ficar. “Talvez eu não tenha dimensionado a situação da forma correta. Deveria ter enxergado com mais clareza o que estava acontecendo, a proporção que aquilo poderia ter tomado, e ter uma posição mais firme”, avalia sobre o episódio em que discordou de falas do Nizam, mas preferiu não interpelar de imediato.
Participar do BBB era como você imaginava? Quais as semelhanças e diferenças?
Eu esperava que fosse ser difícil, só que em uma proporção um pouco menor (risos). Lá tudo é muito intensificado. Os dias, ao mesmo tempo em que passam mais rápido, passam mais devagar. Parece que você amadurece um ano a cada dia. A restrição a informações também acaba por mexer um pouco com a cabeça. Tem as questões físicas, de não ter horário para dormir, ficar preocupado com comida, que também acabam dificultando. Foi uma experiência muito legal, mas muito mais difícil do que eu achei que seria. Talvez eu tenha subestimado isso.
Qual era a sua estratégia de jogo para chegar o mais longe na disputa?
A estratégia acaba se desenrolando quando as cartas ficam na mesa. Eu acabei saindo do programa em uma fase em que isso não estava tão evidente, então eu não tinha uma estratégia tão concreta traçada ainda. Mas, o que eu imaginava, principalmente por ser a primeira semana, era um fortalecimento de jogo interno para evitar ir ao paredão. O que não deu muito certo (risos). Também com esse fortalecimento, criar relações pessoais com as quais eu conseguisse estabelecer confiança, mostrar quem eu sou e, dessa forma, também fortalecer meu jogo externo, através de identificação e posicionamentos em que as pessoas pudessem me conhecer.
Você imaginava a jogada da Beatriz, que pediu aos amigos para votarem em você, caso ela fosse emparedada?
Eu realmente não esperava essa escolha. Tanto ela quanto o grupo dela tinham votado, nas duas últimas formações de paredão, em pessoas do meu grupo, mas não em mim. Na minha cabeça, eles iam continuar se indispondo com as mesmas pessoas para não criar um número maior de desavenças lá dentro. Entendo o facto de ter sido opção por não estar no grupo prioritário dela, mas eu achei meio sem critérios, sem fundamentos. Talvez tenha sido um voto realmente na intuição, que no final das contas não esteve tão errada assim.
Acha que fez parte de um grupo no programa? Quem considerava seus principais aliados?
No início do programa, a gente se apega muito às pessoas que a gente sente que nos protegeriam. A Fernanda era a pessoa que eu sentia que daria a vida por mim; eu tinha muita confiança nisso. Embora eu tivesse pessoas que eram minhas amigas e estavam próximas a mim, se tinha uma pessoa de quem eu sentia 100% que eu passaria por cima de coisas por causa dela, era ela. E eu sentia que ela também passava por cima de coisas por minha causa, porque ela queria o meu melhor, e eu queria o melhor dela. Era uma pessoa em quem eu confiava, nesse sentido de estar fechado para tudo. Até com o Nizam, que também era uma pessoa que estava próxima a mim, havia muita discordância. A gente votou diferente na maioria das votações. A gente era brother, convivia, mas não estava fechado. Eu tinha uma dupla, a Fernanda, não um grupo.
Você falou na casa que, apesar de estar em algumas conversas, tinha posicionamento contrário a falas citadas nas ocasiões. Hoje, analisando, teria feito algo diferente?
Eu não sei se eu faria diferente porque foi a forma que eu reagi diante da situação na qual eu estava inserido. Eu era a pessoa mais jovem dentre as que estavam naquela roda de conversa. Estava com pessoas mais velhas, assim como com pessoas que eu admiro o trabalho, a carreira. Eu sentia um pouco de intimidação em relação às coisas que eu falava ou quando eu tinha uma postura mais apaziguadora… Não vou mentir, ficava intimidado em expor a minha opinião ali. Tanto que às vezes eu chamava uma pessoa mais de confiança, isoladamente, para falar o que eu estava pensando. Quando eu vejo isso aqui de fora, é muito claro para mim, porque eu sei o que estava passando na minha cabeça naquele momento. Eu realmente estava muito desconfortável. Obviamente eu não sabia da linha narrativa que se criaria baseado naquilo aqui fora. Lá dentro, era como se tivesse sido algo pontual, e aqui fora foi algo realmente massificado. Para mim, já tinha passado, embora não tivesse passado aqui fora. Aquilo deveria ter sido solucionado, mas eu não consegui solucionar. Acredito que minha eliminação passou por isso. Vendo aqui de fora, com certeza eu gostaria que fosse diferente. Gostaria de ter conversado com a Yasmin [Brunet], de ter me posicionado de uma forma menos branda com o Nizan – porque eu cheguei a conversar com ele, mas talvez devesse ter sido mais incisivo, porque eu não tinha concordado, não era legal, não devia ter sido falado.
O que foi determinante em sua eliminação, na sua opinião?
Foi realmente a minha omissão com relação a um acontecimento que, talvez, eu não tenha dimensionado da forma correta naquele momento. Deveria ter enxergado com mais clareza o que estava acontecendo, a proporção que aquilo poderia ter tomado, e ter uma posição mais firme. Tive uma conversa com a Yasmin, uma conversa de peso na consciência; tive uma conversa com o Nizam, porque não queria que ele falasse mais aquilo. Mas, acredito que talvez pudesse ter sido de forma mais expressiva.
Que experiências vão ficar marcadas em sua memória da participação no reality show?
A experiência e privilégio de estar lá são muito legais! É um grupo pequeno de pessoas, então ter sido escolhido já é muito especial. Mas claro que vários momentos que vivi estão marcados na minha história: vencer uma prova do líder [na parte em grupo], por mais que eu não tenha ganhado o sorteio; ter sido imunizado por uma pessoa que eu gosto tanto, o Alegrete [Matteus]; ter ido para o Cine BBB e me sentido em casa com pessoas que eu gosto; ter participado da ativação do Mercado Livre… Tudo foi muito legal, demais!
Que amigos vai levar do “BBB 24“ para fora do programa?
Com certeza a Fernanda. Lá dentro eu já sentia isso, aqui fora sinto mais ainda. Ela foi uma bênção. Estava no meu top 2 porque fazia eu me conectar com a minha essência, por se parecer muito com as pessoas que eu tenho aqui fora. Ela me lembra muito minha namorada, me lembra muito a minha tia. Com certeza é uma pessoa que eu quero levar para a vida. Também gostaria de ter uma conversa pós-programa com a Yasmin Brunet, que foi uma pessoa de quem eu gostei muito na casa. E o Alegrete [Matteus], um cara sensacional! Puro, com o coração muito bom. Quero conhecer a terra dele, quero estar junto dele. Ele sofreu muito com a minha saída e eu fiquei muito mal de vê-lo sofrendo, porque ele é muito bom, muito!
Qual você acha que é o melhor jogador do “BBB 24“, aquele que tem mais oportunidade de chegar à final?
Eu gosto muito da Deniziane. Ela tem um foco muito bom, torço muito por ela. Conheci um pouco da história dela e, apesar de estar em um grupo diferente, era a pessoa de fora que eu mais me relacionava. Acho que ela está bem focada e tem tudo para chegar à final.
Para quem fica sua torcida pelo primeiro lugar do BBB?
Apesar de enxergar da forma racional que a Deniziane é forte, a minha torcida é fruto da minha emoção. Torço muito para a Fernanda e o Alegrete chegarem lá. São duas pessoas muito legais, que não tiveram erros. Diferente do Nizam, que foi uma pessoa de quem gostei muito, mas claramente tem algo a aprender, a ser resolvido, e acho que isso não será recompensado com o prémio – e nem tem como eu torcer para isso, porque foram coisas com que não concordei, não achei certas.
Quais são os planos para hoje, após o BBB? Algo planejado para a carreira musical?
É muito legal de pensar porque eu saí antes do Carnaval, né? (risos) Tem o Carnaval pela frente, estou aqui aberto às oportunidades que podem surgir, vou avaliar. Mas primeiro vou chegar ao mundo real, entender o que está acontecendo na minha cidade. Quero ter os meus lançamentos, vou continuar com eles, e dar seguimento na minha carreira, que é meu sonho primordial, desde antes de entrar no programa. Então, estou aberto a colher os frutos que o programa pode me dar para dar seguimento a algo que eu já ia seguir, de qualquer maneira, com o programa ou não. Agora eu tenho um pouquinho mais de gente acompanhando essa trajectória comigo, então espero que dê tudo certo (risos)!