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O Fundo Monetário Internacional (FMI) manifestou o apoio ao apelo do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento para que os países africanos deixem de contrair empréstimos garantidos pelos seus recursos naturais.
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A diretora executiva do FMI, Kristalina Georgieva, reuniu-se recentemente com o Presidente do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, Akinwumi Adesina, em Abidjan, na Costa do Marfim. É a primeira vez que uma líder do FMI visita a sede do Banco, desde a sua criação em 1964.
Ao dar as boas-vindas a Georgieva, Adesina afirmou que “os empréstimos garantidos por recursos naturais não são transparentes, são dispendiosos e dificultam a resolução da dívida”. Adesina advertiu que, se a tendência continuar, “será um desastre para África”.
Georgieva disse que a equipa de gestão sénior do Fundo irá “levar a cabo uma avaliação exaustiva. “Iremos com uma voz forte dizer aos países que não criem vias para empréstimos predatórios e escravizadores”.
A diretora afirmou ainda que a questão será discutida na Mesa Redonda Mundial sobre a Dívida Soberana, composta por credores bilaterais, credores privados e países mutuários. A mesa redonda é copresidida pelo FMI, pelo Banco Mundial e pela presidência do G20. A União Africana aderiu ao G20 em setembro como membro permanente.