POC NOTÍCIAS | CARDOSO ALFREDO | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
Luanda – Perto de 13 mil milhões de dólares norte-americanos é o valor que o Estado angolano prevê arrecadar com a renovação do contrato de concessão que autoriza a empresa petrolífera Chevron a continuar a explorar petróleo no Bloco 0 até 2050, em Cabinda.
De acordo com o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, a renovação do contrato com a Chevron vai permitir também investir 15 mil milhões de dólares, um investimento que deverá garantir a produção de mais 800 milhões de barris de petróleo, cabendo ao Estado 70% e as associadas 30%.
Além disso, adiantou, a continuidade da exploração do Bloco 0 permitirá ainda aumentar o fornecimento de gás natural para a produção de electricidade à Central Térmica de Malembo (Cabinda), bem como reduzir os custos com os combustíveis na ordem de 100 milhões de dólares/ano.
Fruto dos investimentos feitos à luz da extensão deste contrato de concessão, o governante adiantou que os volumes de gás fornecido à Central Térmica de Malembo passaram de cerca de 11 milhões de pés cúbicos para 26 milhões de pés cúbicos, permitindo o funcionamento a gás de três das quatro turbinas instaladas nesta infra-estrutura.
Segundo o ministro, que falava esta quinta-feira, no Parlamento angolano, que aprovou por unanimidade o Regime Fiscal Aplicável à Concessão Petrolífera na zona marítima de Cabinda, o objectivo é atingir 50 milhões de pés cúbicos nos próximos anos.
Para Diamantino Azevedo, a continuidade das operações no Bloco 0 também será de grande utilidade para o projecto da Refinaria de Cabinda, que tem permitido a criação de emprego para os jovens e integração de empresas locais na prestação de serviços.
Afirmou que, durante a fase de construção da Refinaria de Cabinda, está prevista a criação de 600 postos de trabalho, com perspectivas de aumentar para dois mil empregos.
Quanto ao impacto social, fez saber que o projecto prevê a disponibilização de dois milhões de dólares/ano, a serem aplicados, essencialmente, no domínio da Educação e Saúde na província de Cabinda.