Com o lema “Segurança Alimentar e Parceria Internacional, o Binómio da Diversificação Económica”, a FILDA pretende também dar um especial enfoque às áreas da agricultura, florestas, pescas e recursos marinhos.
Entre 23 e 28 de Julho, a 39ª Feira Internacional de Luanda (FILDA) abre portas na Zona Económica Especial da capital angolana, com o foco na internacionalização. A principal montra de negócios de Angola capta cada vez mais mercados e investidores globais, à medida que o país aposta em infra-estruturas estratégicas para o comércio e indústria mundiais, como o Corredor do Lobito e o Aeroporto Internacional Doutor António Agostinho Neto. Mais de 1300 empresas de 18 países já confirmaram presença no fórum.
Durante seis dias, pelo menos 1300 empresas angolanas e 254 de 18 países de África, Europa, América e Ásia vão medir a pulsação do mercado nacional em indústrias e serviços de mais de 30 sectores, em particular os de comércio e distribuição, alimentação e bebidas e indústria extractiva e transformadora. Com o lema “Segurança Alimentar e Parceria Internacional, o Binómio da Diversificação Económica”, a FILDA pretende também dar um especial enfoque às áreas da agricultura, florestas, pescas e recursos marinhos.
Como principal montra do potencial de Angola, a FILDA vai albergar o fórum empresarial “Angola – Portugal”, que contará com a presença do primeiro-ministro português Luís Montenegro, e também o certame “Macau e os países de língua portuguesa”. A Associação Industrial de Angola e a Confederação Empresarial de Portugal vão assinar um memorando durante a feira internacional.
Todos os participantes poderão ainda assistir a conferências sobre licenciamento das actividades comercial e industrial e sobre turismo, a novidade mais recente na estratégia do Executivo angolano para a diversificação económica.
A participação de mais de 1300 empresas nacionais e estrangeiras do sector privado, e também dos sectores bancário e de seguros e de instituições públicas na FILDA, permitem não só aos investidores internacionais identificarem possíveis parcerias, como conhecerem os planos estratégicos do governo angolano para diferentes sectores, para além dos regulamentos, leis e programas públicos de incentivo ao investimento privado.
A facilitação de contactos B2B é particularmente relevante no momento actual da economia angolana. No ano passado, a concessão do Corredor do Lobito, ferrovia que cruza as principais zonas produtivas do país e liga as minas de cobre e cobalto da República Democrática do Congo e da Zâmbia ao porto angolano do Lobito, no Atlântico, posicionou de novo Angola como uma peça logística altamente estratégica do comércio internacional.
A reforçar esta posição global do país, este ano também entra em operação o novo Aeroporto Internacional Doutor António Agostinho Neto, em Luanda. Nos próximos anos, a infra-estrutura poderá converte-se no mais importante hub de passageiros e mercadorias da região, com ligações intercontinentais e o fluxo anual de milhões de passageiros e de centenas de milhar de toneladas de mercadorias.
Neste contexto, aponta Bruno Albernaz, “a FILDA assume-se claramente como uma bolsa de negócios internacional altamente relevante, onde os investidores de todo o mundo podem conhecer a marca Angola”.
Segundo o Presidente do Conselho de Administração do Grupo Arena, que organiza o certame, “os empresários internacionais querem conhecer a Angola real, de forma prática e simples. Querem informar-se sobre as soluções existentes, a tecnologia que temos. Querem ter contacto directo com parceiros e instituições e perceber o que necessitam para rentabilizar possíveis investimentos e gerar novas áreas de negócio. Na FILDA, isso é exactamente o que oferecemos – um espaço que mostra o país tal qual como ele é, com o seu potencial real e oportunidades concretas, onde as centenas de empresas angolanas aqui presentes mostram toda a sua experiência e capacidade para estabelecer parcerias sólidas e de futuro”, indica o responsável. “Juntem-se a nós, vamos fazer negócios, vamos formalizar parcerias, fortaleçamos as nossas relações e criemos novos investimentos e soluções para Angola”, convida.
A edição deste ano da FILDA prepara-se para superar todos os números do ano passado, que recebeu 75 mil visitantes e reuniu expositores de 10 países.