“Se juntarmos as imparidades, ou seja, se juntarmos o reconhecimento vindo de perdas e custos, de exercícios anteriores, então, estamos a falar de cerca de 300 mil milhões de kwanzas negativos”
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POC NOTÍCIAS: Fábio Domingos | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
O presidente do conselho de administração do Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE), Patrício Vilar, avançou durante a apresentação do Roteiro para Reforma do Sector Empresarial Público, que os resultados líquidos do sector empresarial público, com um peso de 92% no Produto Interno Bruto (PIB), foram de quase 200 mil milhões de kwanzas negativos, em 2020.
“Se juntarmos as imparidades, ou seja, se juntarmos o reconhecimento vindo de perdas e custos, de exercícios anteriores, então, estamos a falar de cerca de 300 mil milhões de kwanzas negativos”, disse presidente do conselho de administração do IGAPE.
O responsável que apresentava uma avaliação do sector empresarial público, considerou que os 92% que essas empresas representam no PIB, são um peso muito morto”, em termos de ativos.
“Não podemos dizer de outra forma, porque o peso é de facto negativo. Não há dúvidas de que há um débil desempenho económico-financeiro, no geral, no sector empresarial público. Os números falam por si, temos que mudar o quadro”
Para Vilar, contribuem para esta débil situação económica e financeira o papel do Estado no sector empresarial e os conflitos de interesses, ou seja, a posição tripla do Estado que é ao mesmo tempo acionista, supervisor e regulador sectorial.
Segundo Patrício Vilar, o pacote de reforma centrado em quatro eixos, sendo o primeiro virado para o redimensionamento do sector empresarial público e a necessidade de reposicionamento do Estado no sector são algumas das soluções encontradas para mudar o quadro.
Para o efeito, foi já dado o primeiro passo em Outubro de 2019, com o início do programa de privatizações, com um sector empresarial público actualmente dominado por empresas públicas e algumas empresas de domínio público, para, no final, ser precisamente o oposto, disse o presidente da administração do IGAPE.