Rui Faria é membro do conselho executivo da Angola Cables, tem mais de 30 anos de experiência no sector de cabos submarinos em África e junta-se agora ao Conselho Consultivo composto por 40 especialistas, incluindo ministros, reguladores, executivos do sector e peritos técnicos, que trabalharão em conjunto para reforçar a segurança, redundância e protecção das redes de cabos submarinos.
POC NOTÍCIAS | ANA ATALMIRA | geral@pocnoticias.ao
Este conselho, anunciado pela União Internacional das Telecomunicações (UIT) – a agência das Nações Unidas para Tecnologias Digitais – e pelo Comité Internacional de Protecção de Cabos (ICPC), que lidera iniciativas globais para a protecção de cabos submarinos, visa reforçar a resiliência de uma infraestrutura essencial para a economia digital global, segundo um comunicado enviado à redação do POC Notícias.
Em comunicado, Rui Faria destacou a importância do trabalho do conselho para garantir a resiliência destas infraestruturas intercontinentais vitais. “Enquanto empresa, temos apoiado um projecto científico conduzido pelo Departamento de Geografia e Ciências da Terra da Universidade de Durham, no Reino Unido, que investiga as causas e impactos das falhas nos cabos submarinos no Congo River Canyon Crossing, na África Ocidental”, afirmou.
“A consulta, cooperação e colaboração entre governos, indústria e comunidades técnicas e científicas são fundamentais para garantir a implementação de medidas que salvaguarde, a integridade dos corredores de dados submarinos – o backbone da economia digital global”, acrescentou o novo representante de Angola.
Com o aumento da instalação de novos cabos num contexto de instabilidade geopolítica crescente, enfatiza-se a necessidade de esforços conjuntos para mitigar riscos acidentais e ameaças existenciais que possam comprometer as redes globais. “Isso torna o papel deste conselho multilateral ainda mais crucial.”
“Os cabos submarinos suportam mais de 99% do tráfego de dados internacionais, garantem o funcionamento de comunicações, finanças, serviços em nuvem e outras infraestruturas críticas sem interrupções. No entanto, são vulneráveis a desastres naturais e danos acidentais, tornando a sua protecção indispensável num mundo cada vez mais dependente de uma internet estável e de alta velocidade”, lê-se no mesmo comunicado.