O Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, classificou a inauguração da Refinaria de Cabinda como um marco histórico para o sector petrolífero nacional, salientando tratar-se de um símbolo de superação, modernização e soberania energética de Angola.
Durante o seu discurso na cerimónia de inauguração, realizada hoje, em Cabina, o governante fez questão de recordar o cenário sombrio que encontrou ao assumir funções, em 2017. “Queda acentuada na produção, perda de confiança por parte dos investidores, ausência de um quadro regulatório moderno e uma capacidade de refinação claramente insuficiente.
“Hoje, temos um sector estável, transparente e mais competitivo, que atrai investimento e reposiciona Angola no panorama energético africano e mundial”, afirmou Diamantino de Azevedo, com visível orgulho no percurso trilhado.
Com capacidade inicial de 30 mil barris por dia, e potencial de duplicação para 60 mil barris/dia numa segunda fase, o novo empreendimento representa uma viragem estratégica na redução das importações de combustíveis, contribuindo também para a criação de empregos, o estímulo à economia local e o aumento do valor acrescentado em território nacional.
O ministro revelou que o projecto atravessou diversas dificuldades desde a sua concepção. Entre os principais entraves estiveram o incumprimento contratual do consórcio inicialmente seleccionado, que previa a importação de uma refinaria usada, e as restrições causadas pela pandemia da Covid-19, a guerra na Ucrânia e limitações logísticas no porto de Ponta Negra.
A opção pelo modelo proposto pela Gemcorp, que preconizava uma refinaria nova e adaptada às especificidades angolanas, acabou por se revelar a mais adequada, conforme sublinhou Diamantino de Azevedo.
“Contra a descrença, vencemos com trabalho. Contra a desinformação, vencemos com transparência. Contra a dúvida, vencemos com resultados”, declarou o ministro, num tom enfático, atribuindo ao Presidente da República, João Lourenço, um papel decisivo na concretização da obra, fruto da sua visão estratégica e determinação política.
Concluída ao fim de cinco anos de construção, a Refinaria de Cabinda representa mais do que uma simples infra-estrutura industrial. É, nas palavras do próprio ministro, um passo firme rumo à autossuficiência energética e ao reforço da soberania económica nacional.
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