Foi assinado recentemente, em Luanda, um memorando com objectivo de contribuir na diminuição da dependência das importações e apoiar directamente o cultivo local, garantir o seu escoamento e dinamizar a produção nacional de produtos acabados.
_______________________________________________________________________________________________
POC NOTÍCIAS: Pedro José Mbinza | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
O Presidente da Associação dos produtores de farinha de trigo de Angola, César Rasgado, defende ser necessária a aposta na diversificação da economia nacional, com vista a diminuir a dependência das importações. O responsável avançou esta informação, em representação das grandes moagens de Angola, durante a assinatura de um memorando de entendimento com a Fazenda V. N. Hernesto & Filhos, Lda., que visa apoiar directamente o cultivo local, garantir o seu escoamento e dinamizar a produção nacional de produtos acabados.
“Este memorando representa um avanço na promoção das relações entre os agentes da cadeia de valor da produção de farinha de trigo em Angola e enquadra-se nos esforços comuns”, disse.
Com a assinatura deste instrumento, a associação de produtores de farinha de Trigo de Angola passa a actuar como agente facilitador no estabelecimento da relação comercial entre os seus associados e a Fazenda, bem como agregador de informação sobre o mercado e a produção interna, estando fora dos contratos de compra e venda entre as partes, que negoceiam directamente entre si.
É ainda compromisso da fazenda cultivar o grão de trigo para moagem de farinha com as especificações comunicadas pela associação e vender a sua produção exclusivamente aos seus associados, nos termos dos contratos de compra e venda a estabelecer com cada um deles.
A Fazenda V. N. Hernesto & Filhos deverá informar a sua contraparte sobre a quantidade de grão de trigo disponível para entrega, o plano de cultivo e colheita para os anos subsequentes e os eventuais planos de expansão.
O representante da Fazenda, Alfeo Vinevala, descreveu a importância de acordos como este para os produtores, na medida em que, com base no trabalho conjunto, se assegura a venda de toda a colheita logo à partida e se garante a rentabilidade do investimento.
“No fundo, do que precisamos para dinamizar o investimento realizado é garantir que o resultado das nossas colheitas nos é comprado na íntegra, a um preço adequado, e que sabemos exactamente o que estamos a produzir e com que objectivo. Esta forma de trabalhar, acredito, tornar-nos-á ainda mais ágeis e mais produtivos, o que se revelará positivo para a economia angolana”, adiantou Alfeo Vinevala.