“África representa 18% da população mundial, mas apenas 2% da produção global. A colaboração é o princípio da ZCLCA, mas é necessária uma reflexão mais profunda sobre a forma como os países africanos interagem entre si. O capital vai onde se sente bem, não devem existir barreiras que dificultem a mobilidade de investidores dentro do continente”, afirmou Ricardo Ferreira, na sua participação na Cimeira de Financiamento de Luanda para o Desenvolvimento das Infraestruturas em África, que decorre de 28 a 31 de Outubro de 2025.
POC NOTÍCIAS | EMANUEL DOMINGOS | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR

Durante o Painel de Alto Nível sobre Financiamento Industrial – Programa para o Desenvolvimento Acelerado da Industrialização em África (PAIDA), o responsável sublinhou ainda que a mobilidade de pessoas e capitais é essencial para fortalecer a integração económica africana e construir um mercado continental competitivo e atractivo para o investimento estrangeiro.
No plano financeiro, o PCE do Access Bank defendeu que o acesso ao financiamento e o desenvolvimento de mercados locais sólidos são pilares fundamentais da industrialização africana.
“Não há escassez de capital no mundo. Onde há projectos bancáveis, o financiamento acaba por chegar. O desafio está em criar depósitos em moeda local e facilitar o crédito acessível, base do crescimento industrial e do comércio regional”, acrescentou.
Na sua intervenção, Ricardo Ferreira destacou ainda três pilares essenciais para o progresso económico de África: educação, energia e literacia.
Sublinhou que “a educação é determinante para o crescimento do PIB per capita”, defendendo o investimento na literacia-sobretudo feminina-como via para criar sociedades mais estáveis e produtivas. Para o PCE, “Angola tem feito um excelente trabalho, mas é vital garantir um fornecimento estável e explorar o potencial das energias renováveis em todo o continente.”
@pocnoticias.ao
 
		




 
									 
					 

 
		
		
	 
		
		
	