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Luanda – O “papel crítico” da electrificação urbana no desenvolvimento sustentável de Angola, esteve em debate recentemente na 4.ª edição do RenPower Angola, uma iniciativa da Ossi Yeto, subsidiária do Grupo Mitrelli.
‘Infra-estruturas de energia eléctrica e acesso universal à energia – Armazenamento de energia, soluções fora da rede, produção distribuída (GD), gás natural e uma rede resiliente’ foi o tema de um dos paineis do evento, que contou com a participação de João Germano e Silva, Desenvolvimento de Negócios da Ossi Yeto, durante a sua intervenção no RenPower Angola. que realçou o impacto da ligação dos cidadãos à rede nacional na “promoção do crescimento económico, fomentando as pequenas empresas e melhorando a produtividade ao permitir o funcionamento após o anoitecer”.
O responsável disse ainda durante a sua intevenção que “A electrificação urbana em Angola tem um papel crítico a desempenhar na promoção do desenvolvimento socio-económico, na melhoria da qualidade de vida e no reforço do compromisso do País com a energia limpa. A ligação de mais cidadãos à rede nacional, predominantemente alimentada por fontes renováveis, representa uma oportunidade para ultrapassar disparidades significativas no acesso à energia, particularmente em áreas urbanas mal servidas”.
O director da Ossi Yeto salientou ainda que esta ligação “tem também implicações significativas para o desenvolvimento social. A electrificação melhora o acesso à educação e aos cuidados de saúde, uma vez que as instalações podem funcionar de forma mais eficiente e durante mais horas”.
No painel, João Germano e Silva discutiu a importância da integração atempada e eficiente da produção de novos projectos de ER na Rede Nacional de Transporte de Energia (RNT) e o estabelecimento de parcerias entre o sector público e o sector privado para impulsionar a electrificação rural em zonas isoladas, para atingir uma taxa de acesso à electricidade de 60% a nível nacional até 2025.
Ao ser “predominantemente limpa”, a rede nacional angolana “garante que o processo de electrificação urbana não agrava as alterações climáticas, contribuindo antes para os esforços globais de transição para sistemas energéticos com baixo teor de carbono”, acrescentou João Germano e Silva, concluindo que “a electrificação urbana em Angola não é apenas uma medida de desenvolvimento infraestrutural, mas também uma porta de entrada para o progresso sustentável”.