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O ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, pediu hoje ao consórcio que vai operacionalizar o corredor do Lobito nos próximos 30 anos que “surpreenda” os promotores do projecto, como o tem feito ao longo do processo que levou à adjudicação do contrato.
O pedido do ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, foi feito no ato de passagem da concessão dos serviços ferroviários e da logística de suporte do corredor do Lobito, na província de Benguela.
“A partir de agora o que desejamos e o que pedimos a quem vai operacionalizar o funcionamento desta grande iniciativa é que nos surpreenda, tal como nos surpreendeu positivamente ao longo de todo o concurso que decorreu até à adjudicação do contrato”, referiu Ricardo de Abreu.
“E que nos surpreenda em tempo e com resultados para as empresas, para as populações, para Angola, para a República Democrática do Congo e para a Zâmbia. E que contribua para manter e elevar este Corredor Ferroviário ao topo do ranking dos principais corredores de facilitação do comércio, da logística e dos transportes da África Austral e do seu desenvolvimento”
Uma ‘joint-venture’ criada pela multinacional suíça Trafigura, pela belga Vecturis e pela portuguesa Mota-Engil, vai gerir, manter e operar o corredor de Lobito durante 30 anos, concessão que pode ser extensível por mais 20 anos.
Na cerimónia, que contou com a presença dos Presidentes de Angola, João Lourenço, da Zâmbia, Hakainde Hichilema, e da República Democrática do Congo (RDCongo), Félix Tshisekedi, o presidente-executivo da Trafigura, Jeremy Weir, disse que as três empresas partilham a visão de criar o corredor logístico mais importante da África subsaariana.
“Acreditamos que o corredor ferroviário do Lobito tem um enorme potencial para impulsionar o desenvolvimento de setores ao longo de toda a linha, incluindo a indústria pesada, a agricultura e a mineração, criando empregos e novas oportunidades”, referiu Jeremy Weir, que falava em nome da Lobito Atlantic Railway.
Os investimentos previstos pelo consórcio incluem a aquisição de 1.555 vagões e 35 locomotivas apenas para o lado de Angola, numa estimativa de 455 milhões de dólares (420,6 milhões de euros) e outros 100 milhões de dólares (92,4 milhões de euros) para a RD Congo.