A ministra das Finanças angolana, Vera Daves de Sousa, disse hoje em Luanda, na apresentação da 18.ª edição do estudo “Banca em Análise”, que a “má despesa é o pior dos impostos” e pode gerar a mais insuportável das dívidas.
A titular da pasta das finanças considera que o executivo deve continuar a fazer o caminho para melhorar a qualidade da despesa, sendo que o investimento público no país é “inadiável” e que há muito por fazer em Angola, mantendo a dívida pública em condições de sustentabilidade.
Vera Daves referiu que o desafio passa por manter a dívida publica em condições de sustentabilidade, assegurando o funcionamento das instituições, a assistência aos mais desfavorecidos e o investimento público que é “inadiável”.
“Há tanto para fazer em vários pontos do país”, realçou, acrescentando que o “bom combate” é garantir que o investimento é feito sem colocar o país em situação de insustentabilidade.
A ministra considerou que o crescimento económico é o único caminho a seguir e destacou o papel da banca, que se deve atuar à realidade atual, indicando que o crédito ao sector privado regista uma tendência crescente.
“Não obstante a redução de 5% verificada no ano de 2021, o crédito ao sector privado continua a registar uma tendência crescente em termos nominais (…) comparativamente ao ano de 2022, o crédito ao sector privado cresceu 28,8% em 2023 e 7,9% de dezembro de 2023 a maio de 2024”, salientou.
Justificou esta evolução com os estímulos do Aviso 10 do Banco Nacional de Angola para o financiamento do setor real da economia, bem como incentivos de política do Estado através de fundos de garantia de crédito e outros mecanismos colocados ao serviço da banca.
“Não nos devemos acomodar aos resultados que já alcançamos. Angola tem pressa”, exortou Vera Daves.