A administração do Sumbe diz que vai responsabilizar empreiteiros pelos atrasos de obras financiadas pelo Plano Integrado de Intervenção nos Municípios, PIIM, para acabar com isolamento do Gungo, no Kwanza Sul.
A comuna do Gungo está há mais de trinta anos isolada do resto do Mundo. Situada a menos de 40 quilómetros da estrada nacional nº 100 e a menos de 120 da cidade do Sumbe, a sede da comuna do Gungo enfrenta imensas dificuldades sobretudo das vias de acesso e telecomunicações.Quem vive no Gungo está isolado de tudo e todos e para agravar a situação, só se chega à sede comunal com o concurso de motorizadas, cujos preços por viagem variam engre os 5.000 e 7.000 Kwanzas.
Sabe-se que os empreiteiros que ganharam concurso para execução de algumas obras naquela circunscrição, receberam o dinheiro mas até agora ainda não iniciaram os trabalhos presumindo-se que as causas têm a ver com a degradação da estrada para lá chegar.
O administrador municipal do Sumbe Carlos de Brito Pacheco disse estar profundamente preocupado com os atrasos.
“São situações que preocupam porque a população do Gungo clama já por muito tempo por uma estrada melhorada para facilitar o escoamento de todos os produtos do campo”, disse o administrador para quem “as obras pelo menos deveriam estar já na fase muito avançada”.
“Há obras que até agora nem se deu o primeiro passo. Nós vamos exigir dos empreiteiros para que também deem uma outra dinâmica no trabalho que eles próprio assumiram com a administração municipal”, acrescentou.
O administrador fez notar a importância “crítica” do troço de 26 quilómetros de estrada que deve ser reparado
“Relativamente à escola, o que nós vimos o espaço está lá preparado mas, não se fez nenhum trabalho até agora”, disse
“ Vamos exigir do empreiteiro para que venha no terreno para inverter o quadro porque os pagamentos estão a ser feitos e não há razões para a obra não arrancar”, acrescentou.
O Gungo conta com mais de 80 mil habitantes cuja actividade agrícola é a principal fonte de subsistência