O Conselho de Administração do Fundo Africano de Desenvolvimento, a janela concessional do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, aprovou um empréstimo de 14,04 milhões de dólares à Guiné para implementar o Projecto de Apoio ao Desenvolvimento Industrial e à Resiliência das PME (PADIRPME).
O financiamento do Pilar 1 do Instrumento de Apoio à Transição – um mecanismo de financiamento do Banco para países frágeis e em transição – permitirá à Guiné reforçar a sua capacidade institucional para promover o seu desenvolvimento industrial e a resiliência das suas Pequenas e Médias Empresas (PME), segundo uma nota enviada à redação do POC NOTÍCIAS.
“Em particular, o projecto apoiará a melhoria da capacidade deste país da África Ocidental para planear, coordenar, acompanhar e promover o desenvolvimento industrial. Permitirá igualmente a criação de um programa de apoio ao crescimento e à resiliência das PME e Pequenas e Médias Indústrias (PMI) e o reforço da prestação de serviços públicos às empresas privadas”, lê-se na nota que o POC NOTÍCIAS teve acesso.
A nota refere ainda que o principal desafio que este projecto procura ultrapssar é a actual falta de capacidade institucional para orientar e implementar a política industrial, tanto a nível macroeconómico e sectorial, como a nível microeconómico, ao nível das empresas.
Recorde-se que a Guiné tem um potencial considerável de desenvolvimento industrial que ainda não foi suficientemente explorado, o Diretor do Departamento de Desenvolvimento Industrial e Comércio do Banco, Ousmane Fall, considera que “o apoio do Fundo Africano de Desenvolvimento permitirá à Guiné abordar as causas profundas da fragilidade e consolidar fontes de resiliência a longo prazo, através do desenvolvimento institucional para uma industrialização sustentável e inclusiva na Guiné, promovendo o desenvolvimento do setor privado e a consolidação de uma sociedade pacífica e resiliente”.
O apoio do Fundo permitirá à Guiné criar as capacidades necessárias para promover o desenvolvimento de novas capacidades produtivas que contribuam para diversificar a sua economia e criar emprego. Estimulará o processo de transformação estrutural e gerará os ganhos de produtividade necessários para melhorar a qualidade de vida dos guineenses e reforçar a resiliência económica e social do país.