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Luanda – O jornalista e economista Carlos Rosado de Carvalho, afirmou nesta quarta-feira, no programa “Economia Sem Makas”, que o Grupo Carrinho salvou o Banco Comércio Indústria (BCI) do Estado, ao comprar um banco cheio de problemas e dívidas com os clientes.
Para o economista, o Grupo Carrinho fez um favor ao Governo ao ficar com o BCI, uma instituição que na altura enfrentava e continua a passar por vários problemas, questões essas que viriam a ser minimizadas com o aumento de capital.
Após o aumento de capital, com a injecção de cerca de 15 mil milhões de Kz, parte dos problemas ficaram ultrapassados. “Apesar de todos os problemas que o Grupo Carrinho teve que enfrentar na sua reestruturação, o banco conseguiu terminar com um lucro de mil milhões de kz”, enfatizou o economista.
Questionado sobre os próximos passos a dar, Carlos Rosado explicou que gostava de antes perceber, como é possível o Estado vender um banco num estado em que estava o BCI na altura, tendo em conta que já em 2021 a KPMG auditora independente, havia informado que o banco tinha créditos à clientes no valor de 52 mil milhões de kwanzas, mas que os auditores não podiam validar a totalidade das operações, por falta de dados importantes para a execução do seu trabalho.
É Importante referir que antes da privatização, o banco foi submetido a uma auditoria, imposta pelo fundo monetário, onde se chegou à conclusão que o mesmo precisava de 57 mil milhões de Kz de capital.