POC NOTÍCIAS | geral@pocnoticias.ao | Foto: DR
Luanda – A Galeria do Banco Económico, em Luanda, recebe a partir de hoje, 18 de Novembro, uma exposição intitulada “Largo das Heroínas”. Concebida e organizada pela Movart, tem curadoria de Rómulo Rosa e Marcos Jinguba e mentoria de Ana Silva, ficando aberta ao público até ao dia 6 de Janeiro de 2023.
O Banco Económico e a Movart acabam de inaugurar mais uma exposição em Luanda intitulada “Largo das Heroínas”, que estará aberta ao público até ao dia 6 de Janeiro do próximo ano, e que pode ser visitada de segunda a sexta feira entre as 8h e as 17h.
Com curadoria de Rómulo Rosa e Marcos Jinguba, esta exposição tem mentoria de Ana Silva e conta com obras de Isabel Landama, Sarhai e Filomena Mairosse. Integram também esta exposição obras das artistas convidadas Fran dos Santos e Marisa Kingica, ambas angolanas, e de Astrid González, artista colombiana.
Resultado da residência artística Nzinga – da responsabilidade da MOVART, no âmbito de uma bolsa da Procultura, que decorreu em Luanda entre os dias 1 de Outubro e 4 de Novembro –, esta exposição apresenta-se como uma ovação primorosa ao simbolismo e ao poder associados ao género feminino.
Rómulo Rosa, director artístico e curador desta residência, lembra que “Nzinga Mbandi, de histórias e estórias contadas, representa o auge da luta contra a colonização em Angola que, colocada como eixo primário, serve à representatividade da narrativa não tao recente das lutas de emancipação e valorização da mulher, numa busca justa por vivências de mais igualdade e equidade. As artes visuais representam um recurso sensível e potente que permite desdobramentos nas abordagens propostas nesta exposição. As artistas indigitadas a trazerem as suas linguagens e poéticas para o publico nesta exposição possuem gestos artísticos que demostram a construção de uma identidade continuamente metamorfoseada, o que tornará única esta apreciação”.
Refira-se, a propósito que a NZINGA Art Residency é um programa que explora as linguagens e a identidade feminina por meio da pesquisa, produção e exposição. Tem como objetivo discutir paradigmas da arte, a partir do contexto histórico de género e identidade. O romance A Rainha Ginga, de José́ Eduardo Agualusa, constituiu-se como a base do programa, que se apresenta como centro de investigação durante a residência. Os artistas foram convidados a explorar diferentes temas e conceitos de produção, cruzando as fronteiras de género e da identidade.
Marcos Jinguba, da MOVART, adianta que esta residência artística “regressa a Luanda em 2023”. Sobre a exposição que agora se inaugura, o mesmo responsável mostra-se satisfeito com o resultado e expectante com a adesão do público, que acredita “vai ser significativa”.